segunda-feira, 6 de julho de 2009

Eu penso que sou uma estrela. Brilho, só se for dos outros


“Quem sabe faz, quem não sabe ensina, quem nem isso sabe fazer, vira crítico” a frase foi proferida por Ed Motta no programa Altas Horas. Ed fez uma relação com um bordão famoso de George Bernard Shaw.

Concordo, não apenas com Ed, mas também, com os guerreiros desarmados que se aventuram a escrever sobre música pelo simples fato de não serem surdos, porque, direito de opinião é para todos: jornalistas e aspirantes, radialistas e “faladores”, dentre outros.

Trabalhar diariamente com música é “bacana”, mas criar música é melhor ainda. Criar é ser, é sentir é viver. Ser, é totalidade. Sentir é mergulhar no mar da sabedoria. E viver, é apenas existir. Quem existe, existe para ficar na história, mas só se torna eterno, quem faz pelos seus méritos e não pelos dos outros.

Criticar é bom, gosto de criticar e melhor ainda, como todos, gosto muito mais de ler as críticas, por mais absurdas que sejam. Importante é que se saiba como e sobre o que se está falando. Quando o assunto é a música, não penso que a pessoa deve ser especialista, pois é só não ser surda para criticá-la; porém, quem lê a crítica deve saber, que quem a escreveu pode ser ignorante.

Jornalistas e outros aspirantes como eu, gostam de se aventurar nos mares e ares das críticas, até mesmo sobre assuntos que não dominamos. ‘Um jornalista tem o dever de saber tudo, sobre tudo’. Essa é a premissa para quem quer, diariamente, se atirar de um penhasco desenhado com lápis de cor e se salvar abrindo um paraquedas escrito a caneta.

Fato contrário
E a ética? Há ética? Vem cá, que ética? O que é ética? O dever de um jornalista é escrever. Em linhas, fazer com que a sociedade seja enriquecida de verdades responsáveis e honestas. Portanto, escrevam sobre música, mas isso implica escrever sobre “a música” e não sobre quem a faz, pois a pessoalidade do músico (que reflete em espelhinhos), não tem nada a ver com os reflexos de suas canções. Triste é saber, ver e sentir, que há jornalistas que taxam músicos de “estrelas”. Mais triste ainda, é saber que a responsabilidade de escrever para mudar a sociedade é dos jornalistas, mas há alguns que tomam “baile social” de músicos.

Fica claro, pois é público e notório, que o fato é contrário. Há jornalistas querendo ser estrelas.

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