domingo, 5 de julho de 2009

Paletó repartido ao meio. Cabelo preso com gravata


Todo parece ser, tudo pode ser, mas nada é como se vê. Luz, câmera, ação. Cinema? Isso mesmo. Atores, cenas marcadas e cronometradas, edições e maquiagens. Assim apresentam-se os discípulos de programas telejornalisticos massivos.Ivor Yorke no livro “Jornalismo diante das Câmeras”, diz que as notícias são fenômenos previsível, mais do que parece aos espectadores, grande parte deles, incluem notícias resultantes de boas informações sobre eventos antes que estes aconteçam.
Universo das informações descompassadas, comprometidas apenas em mostrar, relatar. Opinião? Apenas se estas forem ensaiadas pelos atores, depois de serem dirigidas pelos grandes mestres patotais da TV. Aí sim, opinião no ar, opinião segmentada, mais que isso, opinião implantada. Mas então, quem são estes jornalistas? Terno e gravata – traje a rigor. Cabelo padrão Globo – para combinar com a base e o rigor do traje. Vômitos despachados ao público, público feliz em ver e ouvir, pois náuseas já foram colocadas pela mídia, diversão, show, espetáculo. E você, palhaço.

Palhaço, porque assiste, engole, rumina e defeca em meio a outros públicos, que cheiram e sentem vontade de comer/assistir também.

Jornalistas informativos, não mais que isso. Yorke comenta ainda, que: “o repórter representa um elo na cadeia editorial, que começa com a idéia para uma história e termina com sua transmissão como parte de um programa”. São apenas bonecos ou melhor, fantoches comandados pelos “donos”.

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