terça-feira, 29 de setembro de 2009

Opinião em dose dupla – Ander 30/09/2009


A carta
Há uma carta criminosa circulando na cidade. Nos bares, nas esquinas, não se fala em outra coisa. Quem escreveu a carta, expondo a vida pessoal de muitos frederiquenses, deve ter sofrido um golpe muito forte.

Recebi informações que alguns dos protagonizados contrataram detetives particulares. Se o tão nobre escritor for pego, o bicho vai pegar. A Polícia Federal esteve por aqui, porém, não se sabe o motivo. Se for sobre a carta, o bicho já está pegando.

As denúncias são fortes, o tema é: traição e tráfico. Se o que está na carta for verdade, Frederico Westphalen não é uma cidade. É um bordel.

Transporte Cesnors
Recebi um e-mail do proprietário da empresa Baltur, responsável pelo transporte dos estudantes da UFSM/Cesnors. Aliás, com um texto muito educado e esclarecedor. Porém, o empresário não entendeu a matéria. Em nenhum momento citei acidente envolvendo o ônibus da Baltur.

O parágrafo fazia menção a algumas reclamações dos estudantes, reclamações estas, que não são apenas do transporte, mas também das condições do pontilhão, que é estreito demais. Então, ilustrei com o acidente de um veículo, o qual, depois de receber o e-mail, fiquei sabendo que foi auxiliado por um dos motoristas da Baltur.

Contudo, o e-mail, a discussão e uma entrevista no AU, não resolvem os problemas na linha. Ainda, na entrevista, de cinco perguntas, duas falavam de matérias publicadas em outros jornais, esquecendo o verdadeiro foco em questão, o transporte. Mas, de qualquer forma, como ficou bem claro em todas as respostas, o prefeito é quem deve dar um fim nesta novela.

Tchau Arnaldo
Acabou. O programa Vinil Rock Café saiu do ar no último sábado na 95.9. A edição 121 que participei, foi marcada pela presença de Coxa, Grafitti, Wirti e Kbelo. Como de praxe, todos fazendo um som e batendo papo. Uma verdadeira confusão radiofônica. Parabéns Arnaldo, os amantes do rock n’ roll sentirão saudades. Fica a dica, Irradiação na sexta na 95.9 e o Na Mira do Rock na Comunitária, domingo.

As ruas
Bacana as pinturas das ruas. Isso facilitará as coisas aos motoristas de Frederico e região. Mas de nada adianta faixas bem pintadas, se ainda temos por aqui canteiros apelidados de rótulas, cruzamentos com cinco vias, má sinalização e os cucurutos (tachões). Os buracos, aos poucos estão sendo tapados ou tapeados. Vamos ver o resultado em breve.

Editais

Olha. Gostaria de saber o que determina a lei? Há uma lei determinando a publicação de editais em um só jornal aqui em Frederico? Vamos tomar cuidado. Propaganda é coisa séria, tão séria quanto o jornalismo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Opinião em dose dupla – Ander - 23/09/2009


Multas
Digo e repito. O trânsito de Frederico Westphalen é um caos. E a Brigada Militar não tem critérios na hora de multar ou ao menos parece não ter.

Senti isso na pele. Ao parar o veículo em uma das vias centrais por falta de vaga para estacionar, fui abordado e multado. Parei o carro, acionei os alertas e dois motoristas que não reconhecem os sinais começaram a buzinar. Ora, se não sabem ultrapassar um carro parado, imagina fazer a manobra com um veículo em movimento a sua frente?

De qualquer forma, não há critérios para multar. No mesmo momento em que tomei a multa por estacionar em pista de rolamento, outros automóveis estavam em locais proibidos, como: reservados de farmácias e inclusive em volta de rótulas na rua do Comércio. Se houvesse critério, todos deveriam ser multados.

Uma outra multa foi por não portar os documentos do veículo. Porém, se providências fossem tomadas com relação ao caos do trânsito na região central da cidade, que venho escrevendo desde 2006, só tomaria uma multa. A justa.

Farrapos
Parabéns a todos os frederiquenses. Ao passar pela praça e ver tanta gente encarnando na pele o tradicionalismo, me sinto orgulhoso de ser gaúcho. Em especial, parabenizo todos os universitários da UFSM/Cesnors, que ajudaram a resgatar as noites gaudérias em Frederico.

Jonas: sorte ou azar?
Minhas armas. Depois de perder um pênalti, o cara até chorou quando marcou o quinto gol no morto Fluminense, domingo. Nem sei mais o que pensar. O Jonas é bom ou é quase bom?

Bingos e caça-níqueis
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou, por 40 votos a 7, o projeto de lei que legaliza a atividade de bingos e uso de caça-níqueis no Brasil. Argumenta-se que haverá um aumento significativo na arrecadação do país, além de fomentar o setor de turismo.

O projeto ainda deverá passar pelo plenário da Câmara, diante de divergência em relação ao relatório. Penso que, se legalizado, a lavagem de dinheiro vai correr solta.

Perdemos
Atenção prefeituras de toda a região. Tem um jornal aqui de Frederico Westphalen, cobrando pouco mais de R$ 2 o centímetro quadrado de editais para publicação. O valor foi passado à prefeitura de Taquaruçu do Sul, na última semana. Quem publica neste mesmo jornal e paga mais, é bom pedir um descontinho. Estão podendo, ou é para tentar quebrar a concorrência. Contudo, quem gosta de ler um jornal de verdade, lê o Frederiquense. Isso já é fato na região.

Água que nasce poluída, morre poluindo


Famílias frederiquenses convivem diariamente com esgoto a céu aberto. Os pontos mais afetados são os bairros Ipiranga e Jardim Primavera

Fedor, poluição e risco de doenças. Em meio a isso, convivem as dezenas de famílias que moram nas proximidades da Pedreira, Viaduto e outros locais em Frederico Westphalen. O esgoto proveniente de praticamente toda a cidade acaba por cair entre as casas. Ao lado, crianças brincam, sendo alvo fácil dos malefícios que acompanham o canal. A mesma água que vira esgoto e depois desemboca no rio Chiquinha é proveniente da nascente poluída por excesso de nitrogênio do lajeado Pardo, distrito de Osvaldo Cruz, publicada na especial ‘Lastimável. A nascente pede socorro’ na semana passada.
A reportagem do Jornal Frederiquense, acompanhou o trajeto da água que abastece o município, desde a nascente até o seu destino final, no rio Chiquinha. Foram observados os procedimentos que o Centro de Educação Superior Norte – RS (Cesnors) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), realiza na nascente e suas margens e, as avaliações preliminares no laboratório, sendo que foram contatados níveis de nitrogênio a cima dos permitidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
Ainda, foi acompanhado o processo de purificação pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), desde a chegada da água, provinda do Pardo, até as sua distribuição à população. Duas residências foram analisadas pelo LAPAQ/Cesnors em fevereiro, constatando que há excesso de nitrogênio total (nitrato, nitrito e amônia), que vem da nascente e não é eliminado. Por consequência as substâncias acabam por ser consumidas pela população ao beber a água. Apesar de não estar confirmado oficialmente, pesquisas apontam que o nitrogênio misturado à água, pode ser nocivo a vida humana e causar câncer gástrico.
Em casa
Em média, chega a Corsan de Frederico Westphalen 110 litros de água por segundo, isso representa 7 mil litros cúbicos de água tratada diariamente, que fica contida nos tanques - podendo armazenar até 1 milhão e 800 mil metros cúbicos em quatro cisternas, que abastecem as residências de toda a cidade através de um sistema gravitacional.
Apesar do processo de tratamento não eliminar os problemas provenientes da má conservação da nascente do Pardo, devido ao deposito ilegal de lixo, desmatamento e outros, todas as outras impurezas são eliminadas pela Corsan, através do processo de tratamento que inicia com a aplicação de sulfato de alumínio para a separação dos dejetos, emprego de cloro e por fim, flúor.
Desperdício. Poucos meses atrás, a região enfrentou uma forte estiagem. Houve racionamento na zona urbana e animais morreram no interior devido à falta de chuva. As residências mais antigas acabam por agravar o problema, já que em algumas, há má conservação da tubulação, acarretando em vazamentos.
Esgoto doméstico
A água usada nas atividades domésticas se transforma no resíduo líquido conhecido como esgoto, que pode causar sérios problemas tanto ao meio ambiente como à saúde das pessoas. O esgoto doméstico pode ser tratado com relativa facilidade antes de ser lançado no ambiente. Infelizmente, tratamento de esgoto é uma baixa prioridade para o Poder Público e para a população em geral. Em Frederico Westphalen, há apenas três sistemas de tratamento técnico subterrâneo de esgoto.
Quando se fala no problema deve-se pensar em dois tipos de impacto: o sanitário e o ambiental. O impacto sanitário envolve os problemas de saúde pública causados pelo esgoto, que propaga doenças quando não é coletado e tratado corretamente. As estatísticas mostram que a qualidade de vida da população está ligada diretamente a boas condições sanitárias. Por muito tempo, as ações públicas e individuais em relação ao esgoto deram prioridade somente ao aspecto sanitário, construindo galerias, mas sem tratamento. A questão ambiental só começou a ser considerada recentemente. Porém, não faz sentido resolver apenas os problemas do esgoto que ameaçam a saúde da população. A saúde do ambiente também deve ser preservada, afinal, se o ambiente se degradar, a qualidade de vida da população cai também.
Vergonha. O fim da linha para o esgoto, tratado ou não, é o ambiente, córrego ou rio ou, então, até mesmo no solo. Quando é lançado no solo, o esgoto vai atingir os lençóis subterrâneos prejudicando as nascentes.
Bairro Ipiranga
No bairro Ipiranga, nas proximidades do ginásio Ivanildo Gasoni há vazamento de esgoto doméstico na rua. Uma valeta foi aberta no local, agravando ainda mais o problema.
Poucos metros, do outro lado da rua, um morador afirmou que nos dias de chuva um bueiro (boca-de-lobo) trasborda, misturando-se a água e espelhando os dejetos por toda a rua.
Pedreira
No bairro Jardim Primavera, principalmente na Pedreira, praticamente todo o esgoto provindo do município é despejado em meio a casas. Crianças brincam nas proximidades, sem saber dos malefícios que o local pode trazer.
O cheiro no local é muito forte e a chuva agrava a situação dos moradores. “Não da para aguentar o cheiro, moramos praticamente três metros do esgoto, atrás fica o quarto, o cheiro é bem pior. Quando chove parece que vai encher. Tudo vem pra cá. A minha filha já pegou doenças por andar por ali”, diz Luciana Somavila Lopes, mãe de três crianças.
Viaduto
Os habitantes das proximidades do viaduto sofrem dos mesmos problemas. Uma moradora que preferiu não se identificar, comentou que além do cheiro forte, principalmente nos dias de chuva, há muitos mosquitos no local. Ainda tem de ficar de olho na filha mais nova, para que ela não vá até o córrego.
Outra reclamação da moradora diz respeito ao barulho constante da água do esgoto, que corre atrás da casa. O barulho favorece os ladrões. Ela diz que o marido teve que instalar uma luz no porão para evitar que se escondam.
A natureza
Onde vai parar a água que nasce no lajeado Pardo? As três estações de tratamento técnico de esgoto doméstico de Frederico Westphalen se localizam no bairro Fátima, Núcleo Cinco e São Francisco de Paula. Há cerca de seis meses, a Corsan é responsável pelo tratamento de esgoto através de um sistema subterrâneo. “O tratamento é importante para a preservação da qualidade de recursos hídricos naturais, ainda é indispensável para a saúde humana”, coloca Alcides Felipe Canola, licenciador ambiental de Frederico Westphalen.
A reportagem do JF foi até o encontro de dois afluentes provindos de nascentes dos bairros Ipiranga e Santo Inácio que formam o rio Chiquinha, seguindo o viaduto em direção a linha Ponte Preta. Ficou provado que o destino de grande parte da água que nasce no lajeado Pardo, acaba retornando a natureza em forma de esgoto, ajudando a agravar ainda mais os problemas ambientais. Parte desta água poluída retorna aos lençóis subterrâneos, que devido à falta de um filtro natural adequado, por consequência da degradação da matas ciliares, acaba por ficar poluído. O planeta pede socorro.

No viaduto, o esgoto sai das galerias e caí atrás das casas. Além do forte cheiro e das moscas que são atraídas por ele, a moradora que segura a filha nos braços diz que o barulho constante da água favorece os delinqüentes que por lá passam após cometerem delitos. A solução seria alongar a tubulação para que o despejo do esgoto aconteça onde não há residências. Cerca de 100 metros abaixo

Nas proximidades do ginásio Ivanildo Gasoni, o bueiro não suporta a quantidade de esgoto da região. Nos dias de chuva, acaba por transbordar pela rua, causando transtorno aos moradores

Na Pedreira a situação é preocupante, tanto quanto a do viaduto. O esgoto cai entre as casas e uma criança já adoeceu devido ao problema

A cerca de 1000 metros abaixo da ponte do viaduto, acontece o encontro de afluentes da cidade de Frederico Westphalen. A junção forma o rio Chiquinha que segue o seu destino poluído pelo despejo de esgoto doméstico. Este é o destino da água que já nasce poluída no lajeado Pardo

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Opinião em Dose Dupla - Ander - 19/09/09

Gostei de ver
O discurso relâmpago do prefeito Panosso na Câmara, sexta-feira, com relação ao contrato de cooperação entre Corsan e Prefeitura me surpreendeu. Mostrou a fibra que um gestor tem que ter.

Disse que sabe o preço, que custa caro, mas se tiver que assumir o saneamento básico da cidade para sanar problemas de esgoto, por exemplo, assume.

Frederico tem inúmeros problemas de escoamento. Bom saber e ouvir que o prefeito está disposto a dar fim aos existentes, principalmente na periferia. Outro local que deve ser analisado é o bairro Ipiranga. Quando chove, dá para navegar nas ruas.

Troféu Catedral
Parabéns aos organizadores do prêmio Empresa e Empresário do Ano. ACI e administração municipal fizeram um grande evento. Destaca-se ainda a participação das empresas da nossa terra, que movimentam o nosso município e o engrandecem na região.

Daí tô loco
Estão comentando por aí que os jovens devem ir para o Parque Monsenhor Vitor Batistella. Penso que é bacana o parque ser transformado para que a população usufrua de mais um local para o lazer. Mas de dia.

Uma tentativa de levar jovens para lá, apenas para tirá-los da praça da URI é inaceitável e pode ter graves consequências. A festa acaba no primeiro veículo que atravessar a BR e for carregado por um caminhão até Iraí. Sem falar das drogas, assaltos e da pista. Teria racha toda a noite. Um perigo.

Volto a falar. Os jovens não vão sair da praça. Na enquete que citei na semana passada, a opção ‘Guarita e policiamento permanente no local’ está na frente com 41%. Também penso que a ordem por lá é a solução. Mas policiamento para vigilância, não para chutar canelas de estudantes.

Irradiação
Muito bacana. Formato original, por trás humor e seriedade equilibrando a opinião pública. O programa Irradiação que vai ao ar pela 95.9 nas sextas, entre 21h e 22h, já está sendo comentado pela cidade. Parabéns Graffitti e Japa.

Barro
Pelas barbas do profeta. Por pouco não atolei o carro na UFSM/Cesnors na semana passada. A entrada até o campus é um caos. Quando faz sol é poeira para todo o lado. Quando chove, barro de cabo a rabo. Providências devem ser tomadas o mais breve possível.

Água

Eu não queria acreditar, mas era verdade. A água que estamos bebendo tem excesso de nitrogênio. Apesar de não ser uma afirmação concreta, as pesquisas apontam que a substância na água pode ser nociva à vida humana, causando metahemoglobina e câncer gástrico.

Alerta. Nascente que abastece o município de FW está poluída


A nascente do lajeado Pardo, uma das mais importantes, responsável por boa parte da água consumida pelos frederiquenses corre sérios riscos. Foram constatados níveis de nitrogênio acima do permitido

Anderson Silva
O Centro de Educação Superior Norte – RS (Cesnors) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), instalada em Frederico Westphalen, por meio do departamento de pesquisas de Engenharia Florestal e Agronomia constatou que uma das principais nascentes, a do lajeado Pardo, que abastece Frederico Westphalen, corre sérios riscos.
O desmatamento desordenado por conta da plantação agrícola, criação de gado de corte e leiteiro na bacia prejudica o manancial, que devido à falta de mata ao seu redor não conta mais com seu filtro natural, as árvores. Ainda a carência desta vegetação faz com que a água das chuvas adentrem ao córrego, carregando junto impurezas como adubos químicos e orgânicos, elevando os níveis de nitrogênio permitidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).Pesquisas realizadas apontam, ainda que não publicada, que a substância misturada à água pode ser nociva à vida humana, causando metahemoglobina e câncer gástrico. Não há um tratamento específico para amenizar estes níveis. O lajeado pede socorro.

Lastimável. A nascente pede socorro


Deposição clandestina de lixo, escoamento de fertilizantes químicos e orgânicos, desmatamento para cultivo agrícola e criação de animais são alguns dos fatores que estão encurtando a vida do lajeado

Lamentável! Assim é a situação da nascente do lajeado Pardo, localizado no distrito de Osvaldo Cruz, responsável por grande parte do abastecimento de água no município de Frederico Westphalen. A falta de vegetação nos arredores da nascente, devido ao desmatamento desordenado da mata ciliar, faz com que boa parte da água proveniente das chuvas escoe para dentro do lajeado, levando consigo impurezas provenientes dos cultivos agrícolas dos arredores.
No local é constatada em média, uma precipitação de 2.100 mm por ano. Em análises realizadas pelo Centro de Educação Superior Norte – RS (Cesnors) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), por meio do departamento de pesquisas de Engenharia Florestal e Agronomia, no mês de abril foi observada uma absorção de precipitação em torno de 22 mm por hora, sendo que o solo deveria absorver em média 120 mm. Consequentemente, houve escorrimento superficial das águas da bacia.
Em junho, foi realizada a primeira observação in loco no leito do lajeado do Pardo. “Observou-se a presença de contaminantes, além de pontos de deposição clandestina de lixo”, informou Angela Maria Mendonça, acadêmica de Engenharia Florestal da UFSM que realiza o projeto pela FIPE, orientada pelo Dr. Genesio Mario da Rosa, coordenador, Dr. Arci Dirceu Wastowski, Dr. Renato Beppler Spohr e Dra. Eliane Pereira dos Santos. Juntamente com cinco colegas e os professores, a estudante ainda participa do projeto de lisímitros – caixas de 1metro quadrado, colocadas ao solo para a simulação de plantações nos entornos das nascentes. Os estudos permitirão, no futuro, quais as quantidades de insumos que os agricultores poderão pôr nas lavouras sem prejuízos a nascente.

A nascente
O entorno da nascente está totalmente desmatado, pois nesta área o uso intenso do solo para atividades agrícolas, com culturas de inverno (trigo e aveia) e de verão (milho, soja e fumo) fez com que a mata praticamente desaparecesse.
Devido a localizar-se em um talvegue e próximo ao divisor de águas, fisicamente delimitado pela BR 386, as águas do escorrimento superficial oriundas das precipitações sobre a área convergem para dentro do leito da nascente e do leito do lajeado, originando, o carreamento de solo por escorrimento superficial, causando erosão e consequentemente carregando os elementos químicos nele contido, como os resíduos de produtos químicos utilizados nas lavouras.
O descaso e a falta de conscientização provocam a deposição de restos de construção e entulho ao longo do leito do lajeado. Ainda, existem residências localizadas as margens do lajeado, não respeitando os limites legais para a construção de habitações em área de preservação permanente.
Pode-se perceber que nos locais onde ainda existe mata ciliar, essa está totalmente degrada, restando apenas árvores de pequeno porte e arbustos, sendo visível o assoreamento do leito do lajeado. “Esse aspecto influi diretamente na redução da infiltração da água no solo e consequentemente aumento no escorrimento superficial, propiciando o aporte de grande quantidade de água de precipitação pluvial em direção ao lajeado, em curto espaço de tempo, resultando no avanço da água para além das margens, agravando a degradação do leito natural do lajeado e seu consequente assoreamento”, comenta Angela.

Na Corsan
A água proveniente do lajeado Pardo percorre cerca de cinco quilômetros por tubulações até a central de tratamento, localizada na avenida São Paulo no bairro Itapagé. Aproximadamente, chegam até a Corsan 110 litros de água por segundo que recebem a primeira dosagem de cloro e sulfato de alumínio, este que é responsável por fazer a separação da sujeira.
Logo após, segue para o flocurador, onde permanecem por uma hora. É nesse momento que os flocos de impurezas começam a se dissolver da água devido a aplicação do sulfato de alumínio. Depois deste processo, a água passa para o decantador. São dois tanques de 800 metros com cinco metros de profundidade, chegando então aos filtros. “Os filtros são o pulmão da estação, pois é aqui que todas as impurezas são eliminadas”, comenta Vanderlei Cadore (Candinho), que é funcionário da Corsan há 17 anos. Segundo informa Candinho, a limpeza dos filtros é feita diariamente.
A Companhia Riograndense de Saneamento (Consan) conta com laboratórios internos na estação, onde são feitas análises de hora em hora da água e ainda, periodicamente amostras são enviadas até o laboratório central em Porto Alegre.
Após sair dos filtros de tratamento, a água recebe a última dosagem de cloro e ainda uma de flúor. Somente depois disso ela vai para os reservatórios. A Corsan tem capacidade de armazenar 1 milhão e 800 mil litros de água, dividida em quatro cisternas, uma podendo conter 1 milhão de litros. Diariamente, a central de tratamento de Frederico Westphalen recebe sete mil metros cúbicos de água.
Nitrogênio
Os estudos realizados pela universidade ainda não estão prontos. Contudo, em fevereiro foram colhidas amostras de duas residências de Frederico Westphalen, nos bairros Fátima e São Francisco de Paula. A análise foi feita no Laboratório de Pesquisas e Análises Químicas -LAPAQ – Cesnors. “A partir das nossas análises preliminares, há suspeitas que a água consumida pela população frederiquense contenha nitrogênio total (nitrato, nitrito, amônia), sendo que é de quantidade um pouco superior ao permitido pelo Conama”, explica Ângela.
“Iniciamos as análises a cerca de um ano e meio, coletamos in loco a água do lajeado do Pardo desde a sua nascente até o seu encontro com o lajeado Tunas. A cada 500 metros é coletada a água e levada até o nosso laboratório na universidade”, finaliza Ângela.

Nota
Mas, e agora, para onde esta água vai? Na próxima edição do Jornal Frederiquense publicaremos a sequência desta especial. Vamos descobrir qual é o fim da água que nasce no lajeado Pardo.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Noite de terror em Frederico Westphalen


Aproximadamente cem casas ficaram danificadas no vendaval da madrugada de terça-feira, no município. Núcleo Habitacional 5 foi o mais atingido

Anderson Silva
Terror e desespero. Centenas de moradores tiveram uma madrugada que parecia não ter fim. A manhã de terça-feira ficou marcada pelo trabalho voluntário e união de todos na tentativa de sanar, ao menos em parte, os problemas causados pelo temporal.
Cerca de cem casas ficaram parcialmente destelhadas pelo temporal. O bairro São Francisco de Paula foi o mais atingido. Dezenas de casas ficaram destelhadas. Fios da rede de energia elétrica arrebentaram e foram parar na rua e em cima de casas, devido a postes que caíram por não aguentarem a força do vento. Inúmeras famílias ficaram sem energia elétrica. Equipes da Procel, enviadas pela RGE, removeram postes de madeira que foram parar no chão e os substituíram por postes de concreto.
A Escola Municipal Irmã Odila Lehnen ficou com a ala nova de estudantes, que seria inaugurada em breve, alagada. Mais de cem folhas de cimento amianto foram arremessadas da cobertura do prédio e se espalharam pelo pátio da escola. É provável que as crianças fiquem sem aula por três dias.

Opinião em dose dupla - Ander - 09/09/2009

Praça da URI
Algumas pessoas não gostaram da minha crítica sobre o campeonato de som em via pública que denunciei na semana passada, em relação à pracinha da URI. Mas quem não gostou?

Certamente são as mesmas que disputam o campeonato ou são as meninas e meninos que acham bacana e dançam freneticamente atrás dos porta-malas sem parar.

Fiquei sabendo que o veículo que fotografei e publiquei na coluna anterior não foi guinchado pela algazarra. Havia problemas de documentação.

Baile do Ridículo
Muito bom, mas muito bom mesmo. Iraí movimenta toda uma estrutura, não apenas nos bares, mas também no comércio e na rede hoteleira. A região também ganha com isso. Os bazares forram os bolsos na semana que antecede o baile.

Mas nem tudo é festa. É lamentável o odor de urina próximo ao clube e em volta da praça. A organização deveria colocar banheiros químicos por lá.

Banheiros
Aproveitando a não-existência de banheiros químicos no Baile do Ridículo, vou lembrar um assunto que já foi discutido no passado em Frederico. E a praça da URI terá ou não terá banheiros?

Tem vizinho que já andou dando estilingada nos mijões que circulam por lá. Se a moda pegar, muitos vão fazer as necessidades na grama da praça por medo de pedrada. A cidade vai feder.

Que saco!
Pois é, mais uma nota da pracinha. Tá rolando uma enquete na Luz e Alegria: “Barulho e mau comportamento dos jovens na praça da URI: como resolver este problema?”

Guarita e policiamento permanente no local?
Criação de espaço alternativo para os jovens?
Pais devem impor limites aos filhos?


Não quero e nem devo influenciar respostas. Apenas vamos lembrar que Frederico Westphalen já é uma cidade universitária. E não adianta a sociedade lutar contra isso. É fato.

Os gestores devem ter muito cuidado na hora de tomar qualquer decisão. Os jovens vêm e vão. Outros virão e também irão embora para deixar espaço para diferentes que no futuro aqui estarão. A opinião pública deve ser equilibrada.

Água
Fiquei sabendo que uma das nascentes que abastecem nossa cidade está poluída. Na próxima edição vamos publicar reportagem especial sobre o assunto. Eu não acredito que seja verdade. Veremos.

Uma madrugada para esquecer. E uma manhã para lembrar


Defesa civil, moradores atingidos e muitos voluntários se uniram na manhã de terça-feira para colocar lonas e consertar telhados nas cerca de cem casas atingidas pelo vendaval

Centenas de pessoas uniram forças em prol das famílias que tiveram as casas danificadas pelo vendaval da noite de segunda-feira e madrugada de terça em Frederico Westphalen.
Postes caídos, falta de energia elétrica e fios de alta tensão nas ruas e em cima de casas. Residências com telhados parcialmente destruídos, antenas parabólicas arremessadas e árvores arrancadas foram os resultados da chuva acompanhada do vento superior a 80 quilômetros por hora.
Segundo a assistente social Carla Veronese Zandoná, o Centro de Referência em Assistência Social (Cras) trabalha desde a noite de segunda-feira, quando foram feitas as primeiras chamadas pelos moradores. O primeiro procedimento foi o de levar lonas para tentar amenizar a entrada de água. Algumas casas tiveram móveis e eletrodomésticos afetados.
Carla informou, ainda, que o procedimento foi diferente do último vendaval ocorrido em janeiro no município. As famílias foram atendidas nas residências por funcionários da Secretaria de Assistência Social, que fizeram os levantamentos, e pela Secretaria de Obras, que realizou os orçamentos para compra dos materiais necessários. Em janeiro deste ano, a chuva acompanhada de ventos de 80 quilômetros por hora deixou 45 casas destelhadas em vários pontos da cidade.
O tenente Franklin José Ambrósio, do Corpo de Bombeiros, relatou que até a tarde de ontem mais de 1.500 metros quadrados de lona preta tinham sido distribuídos. Toda a guarnição foi convocada para realizar os auxílios. “Estamos nos superando, todos foram convocados e trabalham sem parar para sanar as dificuldades”, informou o tenente. Ele ainda alerta para que tenham cuidado ao subirem nos telhados. Uma pessoa ficou ferida no bairro Barril enquanto tentava proteger a casa colocando uma lona em cima da casa.
A Secretaria de Obras do município espalhou-se pelos bairros Barril, Santo Antônio e São Cristóvão e pelo Distrito Industrial, com quatro equipes, para entregar lona e folhas de cimento amianto às famílias.

Odila Lehnen
A Escola Odila Lehnen foi afetada pela segunda vez este ano, e as aulas estão suspensas por três dias. A ala nova de estudantes, que seria inaugurada em breve, ficou totalmente alagada devido ao telhado que foi arrancado pela força do vento.

O local mais afetado
Bairro São Francisco de Paula. Por se localizar em um dos pontos de maior elevação da cidade, o bairro foi o mais atingido pelo vendaval. Foram computadas, no local, mais de 50 casas destelhadas, antenas parabólicas e placas publicitárias arrancadas e cinco postes caídos. Dois deles pararam ao lado das residências.

Presídio Estadual
O Presídio Estadual de Frederico Westphalen também ficou bastante danificado. O temporal causou estragos em toda a estrutura da casa de detenção. O telhado, as guaritas, cerca elétrica, rede de iluminação externa e sistema de alarmes também foram atingidos. A mantenedora do presídio, Susepe, tomará as providências necessárias.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Praça da URI


O local é bacana, todos se encontram para bater um papo e se divertir. No entanto, o final de semana na praça seria bem melhor se não fossem alguns sem noção de espaço.

A competição de som automotivo virou palhaçada nos últimos finais de semana por lá. Contudo, para certos perturbadores a brincadeira custou caro. Teve veículo guinchado no domingo.

Interessante é saber, como já afirmou o Jan, colunista do JF no “Conheça seus Direitos”, que estes perturbadores só rodam nos seus set list funk e bandinha. Nenhum roqueiro perturba a paz ou faz competição de som em via pública.

Trânsito x lixo


O trânsito da URI já é um caos entre segunda e sexta, e para ajudar, o caminhão da coleta seletiva de lixo faz o recolhimento no local, exatamente no horário da saída dos estudantes. A confusão está cada vez maior.

E o rock fica aonde?

Arnaldo Recchia está se despedindo da Luz e Alegria e é provável que vá para a Atlântida Chapecó, ao menos nos sábados. Não é apenas o fim do Vinil Rock Café, é o fim do rock n’ roll pela rádio. Os roqueiros deverão migrar ainda mais para o programa de Chapecó, já que por aqui os que amam o estilo estão cercados por “bandinhas”.

Volta às aulas Cesnors

Ontem, a UFSM/Cesnors voltou as suas atividades normais depois da paralisação por causa da onda de gripe A. O trecho entre Frederico até a entrada para o campus ficará mais intenso.

É importante que os motoristas fiquem atentos ao trânsito e ainda aos buracos na BR. Principalmente na saída da BR para a via que leva até a universidade. Por ali, há alguns solavancos no asfalto que podem ser perigosos.

Galpão Crioulo

Sou a favor de toda e qualquer manifestação cultural, principalmente a gaúcha. Além disso, sou adepto que se divulgue o nome do nosso município aos quatro cantos.

Porém, no próximo ano teremos por aqui a tão esperada Expofred. Penso que é bem mais viável para o município a vinda do Jornal do Almoço, haja vista que este tem uma audiência maior que a do Galpão Crioulo, que confesso, nunca assisto.

Diminui o número de pedinchões nas ruas


É cada vez mais raro encontrar menores pedindo esmolas nas ruas de Frederico Westphalen. Em fevereiro, foram constatadas 16 crianças mendigando na área da rodoviária entre 8h e 18h. Na última sexta-feira, apenas uma foi avistada pela reportagem do JF no mesmo local. Um dos fatores da diminuição poderia ser a volta às aulas. Contudo, foi analisado que nas férias o número já havia decaído

Tia, me dá um trocado aí? Foi o tema da reportagem especial do JF na edição de número 70, no dia 18 de fevereiro deste ano. O título foi proferido por um dos menores ao se dirigir a uma senhora na rodoviária. O periódico alertava que diariamente, crianças eram vistas nas ruas de Frederico Westphalen pedindo esmolas, catando lixo, ou seja, presas fáceis para criminalidade. Hoje, a realidade ao menos mudou um pouco no dia naquela região. Em observação feita durante toda a sexta-feira, 28, apenas um menor, engraxate, foi visto no local pedinchando.
Dar esmolas não é a melhor solução. As crianças necessitam de alternativas para se formarem cidadãs conscientes e honestas. O fato destas estarem nas ruas mendigando não as coloca como infratoras. A frequente utilização das ruas como meio de sobrevivência fácil, as coloca em zonas de risco muito maiores que simplesmente ganharem um não.
A grande maioria dos menores pedinchões tem como herança uma bagagem de separação familiar, pais alcoolizados ou drogados, e até mesmo prostituição – históricos que servem de trajeto até a marginalização. Segundo informações do delegado Alicildo dos Passos, não se pode generalizar, até porque a partir de sua visão os que pedem esmolas nas ruas não são os mesmos que cometem infrações como o furto. Contudo, o número de menores cometendo tais delitos é grande no município.
As alternativas podem vir através de programas de reeducação familiar e acompanhamentos dos menores por meio de assistência a crianças e adolescentes. O Conselho Tutelar de Frederico Westphalen conscientiza as famílias e depois encaminha para as redes de atendimento. “Conscientizamos as famílias, orientando as suas obrigações e encaminhamos às redes de atendimento e aos programas de auxílio à criança e adolescente”, comenta a conselheira tutelar, Ana Cristina Ferreira.
O dever de cuidar das crianças é única e exclusivamente das famílias, porém a sociedade pode de alguma forma ajudar, mesmo através de denúncias, a mantê-las longe das ruas. O Conselho Tutelar depende destas denúncias para ir até o local e tomar providências cabíveis e adequadas a cada caso. “Enfatizamos que as famílias têm o dever e a obrigação de cuidar de seus filhos”, diz a conselheira tutelar Ana Ues.
São cinco as conselheiras tutelares no município, que atendem junto ao prédio da Secretaria de Obras Públicas no horário de expediente das 8h às 11h 30min e das 13h às 17h, ainda pelo fone (55) 3744-1063. Há também um plantão vinte e quatro horas pelo celular (55) 9989-8969.

A responsabilidade é de todos
O ganho imediato parece ser melhor que um trabalho, não apenas para as crianças, mas também em todas as áreas. Não são apenas os menores que pedem esmolas. Nas proximidades do Banco do Brasil, encontram-se pessoas de mais idade pedindo. A caridade humana é bem mais proveitosa e menos trabalhosa. O ganho imediato, em muitos casos, pode estar relacionado à vontade de certas famílias, que obrigam seus filhos a saírem pelas ruas em busca de alguns trocados, que não se sabe ao certo, se vão para a alimentação ou a famosa cachaça dos pais.
É de responsabilidade de todos observar as crianças. E é sabido que a formação de um cidadão consciente deve ser alicerçada na infância. Também é de conhecimento de todos que o futuro pertence a estas. Estes e outros questionamentos saltam aos olhos da sociedade apenas no momento de desespero, como um assalto acompanhado de morte acontece. Quem é inocente? Há inocentes?

O papel do Conselho tutelar
O Conselho Tutelar é um órgão permanente e autônomo, não judicial. É encarregado de zelar pelas crianças e adolescentes que estejam em situação de risco pessoal e social, em razão dos direitos terem sido “ameaçados” ou violados por ação ou omissão da sociedade ou do Estado, ou abuso dos pais/responsáveis, em razão de sua conduta. Além da criança de até 12 anos de idade que praticou uma infração penal, crime ou contravenção.

Assistência às crianças
Quando entrevistadas em fevereiro, as conselheiras tutelares confirmaram que o município não conta com crianças desassistidas. O que é muito bom, já que se fosse diferente a gravidade seria maior. As conselheiras afirmaram agora que continuam cobrando muito as medidas sócio-educativas e que o encaminhamento é frequente aos programas. Porém, não se pode afirmar com certeza qual são as providências que fizeram com que houvesse uma queda dos menores nas ruas.
À noite, é sabido que não é função do Conselho Tutelar fazer a fiscalização, mas sempre que acionado ou se houver denúncia, ele se faz presente e encaminha aos pais, mediante termo de responsabilidade.

ECA
O Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), prevê o abrigamento em instituições com caráter provisório devendo os menores serem colocados em família substituta, com tutores, guardiões ou pais adotivos. Em Frederico Westphalen, já houve ocorrência de casos deste nível. Os casos que são do conhecimento do Conselho foram encaminhados ao serviço de assistência social e o conselho está acompanhando.
O Conselho Tutelar notifica os pais ou responsáveis, que é cargo deles educar e acompanhar seus filhos. Porém, não há conselheiros tutelares suficientes se a sociedade pensar que cabe unicamente a eles ou ao governo a garantia dos direitos da criança e do adolescente.
Dentro de nove verbos: Atender, aconselhar, aplicar, requisitar, encaminhar, representar, notificar, assessorar, providenciar e fiscalizar o Conselho se orienta, tomando as devidas providências dentro da lei sempre que houver casos de abuso de poder, maus tratos, negligência, abuso sexual, estupro e outras formas de descumprimento com a criança e adolescente. As conselheiras têm o dever de averiguar, ouvir as partes e resolver ou remeter para instâncias superiores.
Portanto, cobrar providências não é a solução. As conselheiras só podem atuar dentro do art. 136 do ECA. Intervir na família somente através de denúncia de que os direitos da criança e do adolescente estão sendo violados.


Postos de combustível e pontos de grande fluxo de pessoas, como é o caso da rodoviária, são os alvos principais dos menores

A realidade dos meninos de rua é nua e crua. Contudo, aos poucos este fato está mudando em Frederico Westphalen. Cenas como esta estão cada vez mais raras

Apenas um menor foi flagrado na tarde de sexta-feira, em um posto de combustível em Frederico Westphalen. O engraxate perambulava pra lá e pra cá. Perguntando: ‘vamos engraxar?’ Se a resposta era negativa, este pedia um pastel ou algumas moedas

‘Não há infância perdida, existem adultos relapsos’