terça-feira, 10 de novembro de 2009

Opinião em dose dupla – Ander – 11 de novembro de 2009


Alagamento
Mas até quando meu Deus? O bairro Ipiranga e sua saga de enchentes. É isso mesmo. Basta chover que algumas ruas ficam intransitáveis, principalmente na frente do ginásio Ivanildo Gazzoni. Providências devem ser tomadas com urgência, até porque não é só por ali o problema.

Na Maurício Cardoso, em frente ao prédio do Bisognin, as águas que vêm do bairro Itapagé tem o mesmo impacto das do bairro Ipiranga. Vai a dica para os motoristas: ao passar por locais com excesso de água na pista não pare de acelerar o veículo, para que com isso seja evitada a entrada de água pelo cano de descarga.
Distrito Industrial
Fui dar uma volta na avenida Industrial em Frederico Westphalen, na segunda-feira. Fiquei muito feliz em ver que praticamente todas as instalações estão funcionando. Isso é muito bom para nosso município, pois movimenta toda uma estrutura que já esteve ociosa durante anos. Contudo, ainda há espaço por lá e Frederico ainda carece de muitos segmentos industriais. Pense, você pode ser um novo empresário: é só ficar de olhos bem abertos.

Rótula
Fui alertado por um leitor da coluna com relação à rótula/teste na avenida Luiz Milani, e fui averiguar. Por mais que seja de teste, as vias em torno da rótula devem receber sinalização, até porque aqui em Frederico todos são donos da preferência na rótula. Uma vergonha.

No sábado, depois da chuva, passei pelo local. Não sei se um veículo entrou na rótula e derrubou os pneus ou foi a força do vento que fez o estrago. Entretanto, gostei da ideia, como já havia comentado aqui. Agora é pôr em prática.

Trânsito
Aleluia! Finalmente, como eu havia anunciado há algumas semanas: está perto o fim do caos no trânsito da região central de Frederico Westphalen. Emerson Zanon, chefe de Trânsito do município, me falou que ainda nesta semana sai a licitação de 60 placas de sinalização para serem colocadas nas ruas da cidade.

Ainda, vagas de carga e descarga na rua do Comércio - antiga reivindicação das transportadoras - foram criadas. Um projeto completo será aplicado nos próximos dias na região central. Inclusive, se possível e viável, mão única nas ruas Tenente Lira e Presidente Kennedy. Com isso, vagas de estacionamento para carros e motos podem ser ampliadas.

Política
Volto a pedir aos nobres vereadores: vamos deixar de lado esta história de oposição e situação. ‘Isto non ecziste’, como diria padre Quevedo. Digo e repito que o vereador deve ser a voz do povo e as mágoas partidárias devem ser deixadas de lado quando se pensa na construção de uma sociedade melhor e mais igualitária.

Apesar de algumas reclamações com relação à coluna, uns e outros zangados, até porque a verdade dói (eu sei) as coisas estão boas, o trabalho está bom. Eu vejo nas ruas e nos projetos. Todos estão de parabéns, é só deixar de pensar em si próprio e lembrar por quem e do porquê de estarem na câmara, que as coisas fluem.

Café amargo
Lamentável! Tivemos uma pauta esta semana para o famoso Cafezinho com o Frederiquense frustrada. A pergunta era: ‘Foi aprovada na Câmara de Vereadores um pedido de transparência relacionada aos gastos do executivo. Na sua opinião, qual a importância disso para a cristalinidade pública? E qual sugestão você daria para que esta transparência fosse mais plena aos olhos do povo?’ Ninguém quis responder.

Bom, bater papo e criticar os vereadores é bacana, mas, quando se tem de dar a cara pra bater, poucos honram as calças que vestem ou as saias que usam. Ainda quero publicar as opiniões. Ligue no JF pelo fone 3744-2377 ou mande sua resposta pelo nosso site no link Enviar Notícias ou e-mail pelo jf@jornalfrederiquense.com.br. Se preferir, venha até a redação.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Opinião em dose dupla – Ander - 04-11-2009

Bombeiros
Mais uma vez tenho que falar dos Bombeiros neste espaço. Eles são os caras. Na madrugada de sábado para domingo, apenas dois soldados foram atender a ocorrência na rua Alfredo Haubert por falta de efetivo na Brigada de Incêndio. Contudo, com grande eficiência, conseguiram controlar o fogo que poderia atingir as residências vizinhas.

É claro que se não fosse a ajuda da Brigada Militar e dos populares que foram até o local, a coisa poderia ter sido mais feia.

Certas mães
No mesmo incêndio, leitores da coluna chamaram a minha atenção com relação a algumas mães, que às 3 horas da manhã, estavam passeando com as crianças no meio da fumaça do incêndio. Sem falar do monóxido de carbono emitido pelos caminhões pipa e do perigo de explosão. Uma verdadeira irresponsabilidade.

Crack
Uma enquete no site da Rádio Luz e Alegria aponta que parte da população atribui o elevado consumo de crack e outras drogas na região à polícia por não prender os traficantes. Eu até concordo em partes, mas penso que há muitos pais que não orientam seus filhos quanto à prevenção de drogas. Outros são usuários.

Entretanto, já penso em ficar quieto com relação à droga avassaladora, pois muitos dos malandrinhos que andavam por aí estão fora de atividade. Realmente, a droga, como dizem: mata!

Política
Andam falando que sou do PT, PMDB ou PP. Sou político sim, pois vivo em uma democracia. Contudo, o meu partido é o do ‘coração partido’ (CP), pelo simples fato de ser motivado a escrever pelas mudanças. Me entristeço ao ver as injustiças, então, escrevo e escreverei sempre se for pelo bem de minha cidade.

Gostaria de esclarecer a todos os vereadores, de todas as bancadas: ser vereador não é ser governo, isso deve ficar claro, no âmbito municipal. O governo é o executivo e os vereadores são os representantes do povo. Portanto, as denominações: oposição e situação deveriam ser banidas deste meio e todos deveriam se unir em prol do povo. Por mais que pareça utopia, espero ver isso um dia.

A política de Frederico começa a sua movimentação através de seus presidentes partidários, basta saber agora qual será a opção das bases, quais serão os preferidos, porque às vezes estes não são do agrado da maioria. E aí vai, ‘goela abaixo’. É de se pensar.

Câmara
Na região é notória a movimentação para os novos presidentes das Câmaras de Vereadores. Em Frederico, cogita-se que Euzébio Cancian deverá ser o próximo. Em conversa com o vereador notei que vontade e determinação é o que não lhe falta e parece ser da base popular.

Atenção prefeito
Falando em crise, vai uma dica: será que não daria para economizar, um pouco, o combustível? O que tem de carros da administração circulando pelo município toda hora é incrível. Inclusive chegam até se cruzar um com o outro. Talvez, como uma melhor organização nos setores, seria possível economizar muito mais. Mas é apenas uma sugestão e a comunidade agradeceria.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Opinião em dose dupla – Ander - 28/10/2009


Curva
Um perigo. A curva da Campeira (caldo de cana), na BR 386, não tem sinalização para quem vem de Iraí para Frederico. O motorista, se um pouco desatento, acaba por se deparar com o quebra-molas, sem tempo de frear. Já houve acidentes no local. Providências devem ser tomadas com urgência antes que um desastre aconteça.

DCE/UFSM/Cesnors
As eleições para o DCE da UFSM estão aí. Três chapas foram montadas. A chapa 3 não reconhece o Cesnors como parte da UFSM. A chapa 2, pelo que fiquei sabendo, não sabia nem sequer da existência do Centro por aqui e em Palmeira das Missões. Sou a favor de mudanças, mas a Chapa 1, apesar de estar no poder, parece ser a melhor opção, pois é a única que possui integrantes do Cesnors na sua composição. Portanto, a alternativa pela chapa 1 pode fazer bem aos estudantes e aos campus.

Academia do povo
Louvável a iniciativa de colocarem na Praça da Matriz uma academia. Já há pessoas reclamando, como sempre, mas, a cada dia está mais bacana morar em Frederico. Ruas ganhando sinalização, caminhódromo, projetos de cidadania e outras coisas. É claro que o processo é lento, mas não é o ritmo que deve ser levado em conta, e sim a qualidade de vida que os novos projetos trazem à cidade.

Transparência
Parabéns aos vereadores que votaram a favor do pedido de transparência por parte da administração ao povo. Dou uma sugestão. Deveria ser instalado no site da Câmara de Vereadores ou da Prefeitura um link como o do ‘Portal da Transparência’ do Governo Federal. Até porque o eleitor deve saber como está sendo investido o dinheiro público.

Mas, também fico triste por saber que nem todos os vereadores votaram a favor da cristalinidade pública. Não entendo o porquê de votar contra. Ou não sei de que lado estão. O vereador não é a voz do povo na democracia?

Rápido e rasteiro
Os bombeiros de Frederico Westphalen, apesar de estarem com o efetivo reduzido há muito tempo, desempenham um trabalho elogiável, digno de aplausos. Isso ficou provado no último sábado quando um veículo pegou fogo em uma garagem no centro da cidade. Os moradores, depois de chamarem os bombeiros, ficaram surpresos com a rapidez com que compareceram no local, e ainda com a destreza e agilidade ao combater o fogo. Parabéns heróis da vida real.

Opinião em dose dupla – Ander - 21/10/2009

Deputados
Só para a galera ficar ligada. Tem deputado caindo de paraquedas aqui em Frederico. Eu já ando por aí olhando para o céu. Vai que caia um na minha cabeça.

Placas
Como falei na semana passada: ‘Bacana as placas indicativas nas ruas’. Traz um ar de cidade grande, organizada. Com as placas, rótulas e outras organizações, que sei que estão sendo planejadas pela administração, tudo indica que o caos no trânsito está com os dias contados.

Mas, uma das placas me chamou a atenção. Na Maurício Cardoso, esquina com a rua que vai para o CTG, uma das placas está com a seta que indica BR 386 errada. Enquanto ela deveria apontar reto, está para a esquerda. Eu não me perco, mas quem é de fora da cidade pode ficar dando umas bandas no bairro Aparecida sem saber onde está.

Miguel Couto
Um leitor ilustre da minha coluna me chamou atenção na última sexta-feira, com relação ao trecho da Miguel Couto – Supermercado Riboli até a junção com a Maurício Cardoso. Fui dar uma olhada. Sem dúvidas, o calçamento necessita de providências urgentes. Está todo fora de nível e quando chove a água esconde os buracos, que podem danificar os veículos.

Vasos
No passado, um projeto de embelezamento da rua do Comércio foi aplicado na cidade. Consistia na aplicação de vasos de flores. As empresas comprariam, a administração doaria as mudas e os empresários cuidariam das plantas. O valor dos vasos girava em torno de R$ 40.

Acontece que alguns vasos andaram sumindo da frente de algumas empresas. Teve empresário que pensou em roubo, já que as plantas seguidamente sumiam, tendo a empresa que arcar com os custos de replantar as mudas.

Na verdade, descobriram que a própria administração é quem retirou os vasos, argumentando que estariam em estado de conservação ruim e outros sem as plantas. O fato gerou transtorno, certos empresários se sentem lesados, já que pagaram por eles. E ainda, não foram avisados da remoção por parte da prefeitura, que os informou que novos vasos seriam colocados no local. Depois de meses, alguns não querem mais os vasos.

Comunicação
Lastimável. Duas coisas me deixaram triste na Conferência Municipal de Comunicação, realizada no auditório do Roncalli, no sábado. A primeira foi o pingo de comunicadores presentes no evento, que é muito importante, pois pode mudar o rumo da comunicação no país. Se metade das pessoas envolvidas em comunicação estivesse no Roncalli, não teria espaço.

É claro que o encontro, que definiu oito teses a serem apresentadas na Convenção Estadual, foi de grande valia. Contudo, o outro triste fato da tarde foi o início de intriga entre os jornalistas e os relações públicas - novo curso da UFSM/Cesnors. Ora, não era hora nem lugar para discussão, ou de ficar puxando o assado para si próprio.

Bom, outras coisas foram cômicas, mas é melhor nem comentar, pois se estivessem lá saberiam do que estou falando. A convenção provou que alguns cargos e títulos podem ser motivos de piada se a pessoa não tiver competência. Não é Cesnorti é CESNORS.

Louvo, é claro, a presença de alguns veículos de comunicação que percebi estarem por lá. E ainda, a ótima organização por parte dos professores do Cesnors, juntamente com os poderes Legislativo e Executivo.

Laser Som
Parabéns ao Laser Som, que completou 20 anos. A festa de comemoração realizada no Clube Harmonia no sábado foi um sucesso. Vários DJs e comunicadores que fizeram parte da história da máquina estiveram presentes junto com o Chico da Laser. Destaca-se a presença do Marquinhos da Rede Atlântida. O Jornal Frederiquense sente-se orgulhoso de ter sido apoiador da grande festa.

Carros de som
Volto a me posicionar com relação ao abuso por parte de alguns, com relação ao volume do som dos carros na praça da URI. Não sou contra quem escuta som por lá, que isso fique bem claro. Apenas quero frisar que é impossível ficar 10 minutos na praça sem enlouquecer. É uma competição só. Um quer mostrar que tem mais som que o outro.

Em Seberi a lei está funcionando. Quem perturba a ordem pública com som automotivo, pode ter o equipamento retirado pela Brigada Militar, ou ter o veículo apreendido. E olha que a lei não é municipal, é nacional. Por aqui é só querer cumprir, que a bagunça acaba.

Repito o que escrevi no passado: ‘A praça é o local dos jovens e isso é fato’. Mas, não deve servir para o abuso de alguns, até porque, é a minoria que faz barulho, e quem paga é a maioria.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Opinião em dose dupla – Ander 14/10-2009


Placas
O trânsito em Frederico Westphalen sofre de um problema histórico. Há muito tempo vem se falando sobre uma reestruturação total para sanar os inúmeros problemas existentes.

O princípio da confusão está nos cruzamentos de cinco vias, marca da cidade, quem vem de fora e dirige por aqui leva a lembrança do caos. E nem vamos comentar as escassas vagas de estacionamento na região central e nas proximidades das URI.

Tantos problemas me levaram a escrever várias matérias sobre o tema. Desde 2006 venho explanando sobre soluções que poderiam mudar o rumo das coisas para um fluxo, digamos, mais tranquilo.

Escutei muitas reclamações em torno das placas indicativas que foram colocadas em algumas ruas da cidade na última semana. Altura, letreiro pequeno, proximidade dos fios de eletricidade e por aí vai.

Na verdade, as placas inauguram, ao menos por aqui, uma nova era na estrutura de trânsito. Estão dentro das normas e a altura impede que acidentes aconteçam, principalmente com caminhões, sem falar que tais placas dão um ar de cidade organizada e moderna.

Sabemos que não é só isso. Muitas outras providências devem ser tomadas. Porém, tudo indica que logo os problemas serão menores, pois boas idéias estão sendo colocadas em prática.

A ponte sem ponta
Uma verdadeira comédia. O último capítulo do teatro da ponte que liga Frederico Westphalen a Ametista do Sul, foi finalizado com a interdição do DAER, depois que moradores próximos construíram com as próprias mãos as cabeceiras inexistentes.

Hoje será anunciado o nome da empresa ganhadora da licitação - aberta pelo Governo do Estado, para finalizar o serviço. Os envelopes foram abertos na última sexta-feira. Espera-se que as obras iniciem logo, até porque os moradores irão se movimentar para que as cabeceiras improvisadas sejam mantidas.

Pronto
Bom, não faltava mais nada, se já era ruim com o Jonas, imagina sem ele. O jogador acredita que voltará aos gramados ainda em 2009. Se o tricolor gaúcho acertar na contratação de uma outra opção para o ataque, Jonas, Max Lopez e Herrera podem ir embora, porque nos últimos jogos não vi nada além do guerreiro Rever em campo.

Biblioteca Pública
Em 23 de janeiro de 2008, escrevi uma reportagem intitulada ‘Biblioteca: 44 degraus até os livros’. A intenção era mostrar a dificuldade que pessoas com deficiência chegassem até o local. Ainda, os problemas com a ventilação e o barulho. Na ocasião, o carioca Sérgio Luiz Broch, que vem uma vez por ano à cidade me confidenciou: “Nós Chegamos aqui e ficamos 10 a 15 minutos, mais que isso não dá para ficar”.

Acontece que nada foi feito, a Biblioteca Pública continua há 44 degraus do chão, fora das normas da ABNT e desfavorecendo pessoas idosas e com dificuldade motora. Há um projeto para a criação de um Centro Cultural, o qual já foi anunciado em nossas páginas.

Contudo, uma solução, ao menos provisória, deveria ser tomada com relação ao acervo de livros municipal, para que mais pessoas adentrem ao universo de cultura literária que ali se encontra.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

100 edições, sem medo da verdade


A Empresa Jornalística Jornal Frederiquense alcança hoje a edição de circulação de número 100. A marca é mais que uma conquista, é sinônimo de prova aos que duvidaram no passado da aceitação de um veículo de comunicação ético na região

Nota da redação

Não podemos negar a precocidade do sucesso com relação à aceitação dos leitores, foi algo que nos pegou de surpresa. Logo na primeira edição, o jornal já estava na boca do povo. E veja só, na verdade tínhamos a pretensão de circular apenas em Frederico Westphalen, transformando a arte de comunicar que por aqui era apresentada em mesmice há décadas, em informações de interação com os leitores, levando a estes a transparência social através de nossas páginas.

Então, o que era local, passou a se tornar regional. Duas marcas atingidas em pouco mais de três anos nos enchem de orgulho: a primeira é a passagem das circulações quinzenais para as semanais no início deste ano, que mudou a rotina de inúmeras pessoas na região, seja por política, economia, entretenimento, esporte ou cultura. E outra, a de atingir por meio da verdade e da não omissão de fatos, o respeito de ilustres munícipes. E veja que alcançar este respeito custou caro, pois no curto espaço de tempo, foi necessário mais que entusiasmo e força por parte dos dirigentes da empresa. Foi preciso ter coragem de ir de frente, e outras vezes de encontro a tribunais, para que prevalecesse a verdade que nos dispomos a lutar quando decidimos fundar a empresa.

Uma nova era se estabeleceu na região com a criação do Jornal Frederiquense, pois balançou os alicerces de uma sociedade desacostumada a modernidade comunicacional, que hoje fica comprovada que não está em revolução tecnológica, ou de infraestrutura, mas sim de uma simples palavra: verdade.

Anderson Silva – sócio fundador e diretor de redação.

Opinião em dose dupla – 07/10/2009

Eu também quero
A Câmara de Vereadores entregou na segunda-feira, 21, o título de Cidadão Frederiquense ao deputado Paulo Pimenta (PT). Nada contra a Câmara, nem ao próprio deputado. Contudo, muitas pessoas mais próximas de nós deveriam ganhar o título.

E como ficam certos homens, de cabelos branquinhos, desbravadores desta terra, que não são lembrados e alguns, cuja história está a morrer junto com o esquecimento? Parabéns ao deputado pelo título. Porém, há muitos cidadãos que fazem por merecer o mesmo, seja pela história, seja pela luta.

É lixo
Eita porra! Como diria um amigo que tenho em Pernambuco. Ao andar pelas ruas de Frederico Westphalen não canso de me surpreender. É lixo por todo o lado. Apesar da amenização depois da implantação de tele entulho, ainda há muito detrito provindo da construção civil espalhado por aí.

Junto com o entulho das construções, alguns moradores aproveitam para despejar restos de refeições, que mesmo em sacolas plásticas acabam causando incômodos, pois a cachorrada faz a festa e espalha o lixo por todo o lado.

Cachorrada
Pois é. E o que falar da onda de cães e gatos sem dono em Frederico Westphalen? Isso não é de hoje, mas quanto mais o tempo passa, mais animais sem dono aparecem nas ruas. Já ouvi moradores reclamando em alguns bairros. “E agora, com a lua cheia, não tem quem durma”.

Enquanto ninguém toma uma providência, os bichinhos andam por aí perturbando o sono e sendo vítimas fáceis de atropelamento. E ainda há outros que se divertem rasgando sacolas de lixo por aí. Um canil público poderia ser a solução para acabar com as gangues caninas.

Cultura
Foi-se o tempo das rodas de violão, dos luais, do bate-papo descontraído nas praças. Nos porta-malas, a diversidade musical acaba por invadir a privacidade de todos. Papo tranquilo só pelo MSN. Violão, chimarrão e pipoca agora só no quintal de casa.

De qualquer forma, é bacana toda essa diversidade. O que não pode acontecer, é que seja implantada à força na cabeça de quem não quer viver este universo descompassado de hits.

Enem

O ministro da Educação, Fernando Haddad assegurou que uma forte investigação será feita para que se descubra como foi possível o vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

De qualquer forma, os candidatos terão de esperar no mínimo 45 dias para o novo exame. O transtorno que já era grande em algumas cidades devido ao deslocamento, ficou ainda maior por conta dos espertalhões. A Polícia Federal não deve descansar, o culpado deve pagar.

Uma casquinha
O Congresso Nacional aprovou crédito especial de R$ 1 bilhão para os municípios. O Rio Grande do Sul ficará com R$ 63.198.808 milhões. Os valores são provenientes do Orçamento da União. Espera-se agora que uma parte do montante venha para cá.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Opinião em dose dupla – Ander 30/09/2009


A carta
Há uma carta criminosa circulando na cidade. Nos bares, nas esquinas, não se fala em outra coisa. Quem escreveu a carta, expondo a vida pessoal de muitos frederiquenses, deve ter sofrido um golpe muito forte.

Recebi informações que alguns dos protagonizados contrataram detetives particulares. Se o tão nobre escritor for pego, o bicho vai pegar. A Polícia Federal esteve por aqui, porém, não se sabe o motivo. Se for sobre a carta, o bicho já está pegando.

As denúncias são fortes, o tema é: traição e tráfico. Se o que está na carta for verdade, Frederico Westphalen não é uma cidade. É um bordel.

Transporte Cesnors
Recebi um e-mail do proprietário da empresa Baltur, responsável pelo transporte dos estudantes da UFSM/Cesnors. Aliás, com um texto muito educado e esclarecedor. Porém, o empresário não entendeu a matéria. Em nenhum momento citei acidente envolvendo o ônibus da Baltur.

O parágrafo fazia menção a algumas reclamações dos estudantes, reclamações estas, que não são apenas do transporte, mas também das condições do pontilhão, que é estreito demais. Então, ilustrei com o acidente de um veículo, o qual, depois de receber o e-mail, fiquei sabendo que foi auxiliado por um dos motoristas da Baltur.

Contudo, o e-mail, a discussão e uma entrevista no AU, não resolvem os problemas na linha. Ainda, na entrevista, de cinco perguntas, duas falavam de matérias publicadas em outros jornais, esquecendo o verdadeiro foco em questão, o transporte. Mas, de qualquer forma, como ficou bem claro em todas as respostas, o prefeito é quem deve dar um fim nesta novela.

Tchau Arnaldo
Acabou. O programa Vinil Rock Café saiu do ar no último sábado na 95.9. A edição 121 que participei, foi marcada pela presença de Coxa, Grafitti, Wirti e Kbelo. Como de praxe, todos fazendo um som e batendo papo. Uma verdadeira confusão radiofônica. Parabéns Arnaldo, os amantes do rock n’ roll sentirão saudades. Fica a dica, Irradiação na sexta na 95.9 e o Na Mira do Rock na Comunitária, domingo.

As ruas
Bacana as pinturas das ruas. Isso facilitará as coisas aos motoristas de Frederico e região. Mas de nada adianta faixas bem pintadas, se ainda temos por aqui canteiros apelidados de rótulas, cruzamentos com cinco vias, má sinalização e os cucurutos (tachões). Os buracos, aos poucos estão sendo tapados ou tapeados. Vamos ver o resultado em breve.

Editais

Olha. Gostaria de saber o que determina a lei? Há uma lei determinando a publicação de editais em um só jornal aqui em Frederico? Vamos tomar cuidado. Propaganda é coisa séria, tão séria quanto o jornalismo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Opinião em dose dupla – Ander - 23/09/2009


Multas
Digo e repito. O trânsito de Frederico Westphalen é um caos. E a Brigada Militar não tem critérios na hora de multar ou ao menos parece não ter.

Senti isso na pele. Ao parar o veículo em uma das vias centrais por falta de vaga para estacionar, fui abordado e multado. Parei o carro, acionei os alertas e dois motoristas que não reconhecem os sinais começaram a buzinar. Ora, se não sabem ultrapassar um carro parado, imagina fazer a manobra com um veículo em movimento a sua frente?

De qualquer forma, não há critérios para multar. No mesmo momento em que tomei a multa por estacionar em pista de rolamento, outros automóveis estavam em locais proibidos, como: reservados de farmácias e inclusive em volta de rótulas na rua do Comércio. Se houvesse critério, todos deveriam ser multados.

Uma outra multa foi por não portar os documentos do veículo. Porém, se providências fossem tomadas com relação ao caos do trânsito na região central da cidade, que venho escrevendo desde 2006, só tomaria uma multa. A justa.

Farrapos
Parabéns a todos os frederiquenses. Ao passar pela praça e ver tanta gente encarnando na pele o tradicionalismo, me sinto orgulhoso de ser gaúcho. Em especial, parabenizo todos os universitários da UFSM/Cesnors, que ajudaram a resgatar as noites gaudérias em Frederico.

Jonas: sorte ou azar?
Minhas armas. Depois de perder um pênalti, o cara até chorou quando marcou o quinto gol no morto Fluminense, domingo. Nem sei mais o que pensar. O Jonas é bom ou é quase bom?

Bingos e caça-níqueis
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou, por 40 votos a 7, o projeto de lei que legaliza a atividade de bingos e uso de caça-níqueis no Brasil. Argumenta-se que haverá um aumento significativo na arrecadação do país, além de fomentar o setor de turismo.

O projeto ainda deverá passar pelo plenário da Câmara, diante de divergência em relação ao relatório. Penso que, se legalizado, a lavagem de dinheiro vai correr solta.

Perdemos
Atenção prefeituras de toda a região. Tem um jornal aqui de Frederico Westphalen, cobrando pouco mais de R$ 2 o centímetro quadrado de editais para publicação. O valor foi passado à prefeitura de Taquaruçu do Sul, na última semana. Quem publica neste mesmo jornal e paga mais, é bom pedir um descontinho. Estão podendo, ou é para tentar quebrar a concorrência. Contudo, quem gosta de ler um jornal de verdade, lê o Frederiquense. Isso já é fato na região.

Água que nasce poluída, morre poluindo


Famílias frederiquenses convivem diariamente com esgoto a céu aberto. Os pontos mais afetados são os bairros Ipiranga e Jardim Primavera

Fedor, poluição e risco de doenças. Em meio a isso, convivem as dezenas de famílias que moram nas proximidades da Pedreira, Viaduto e outros locais em Frederico Westphalen. O esgoto proveniente de praticamente toda a cidade acaba por cair entre as casas. Ao lado, crianças brincam, sendo alvo fácil dos malefícios que acompanham o canal. A mesma água que vira esgoto e depois desemboca no rio Chiquinha é proveniente da nascente poluída por excesso de nitrogênio do lajeado Pardo, distrito de Osvaldo Cruz, publicada na especial ‘Lastimável. A nascente pede socorro’ na semana passada.
A reportagem do Jornal Frederiquense, acompanhou o trajeto da água que abastece o município, desde a nascente até o seu destino final, no rio Chiquinha. Foram observados os procedimentos que o Centro de Educação Superior Norte – RS (Cesnors) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), realiza na nascente e suas margens e, as avaliações preliminares no laboratório, sendo que foram contatados níveis de nitrogênio a cima dos permitidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
Ainda, foi acompanhado o processo de purificação pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), desde a chegada da água, provinda do Pardo, até as sua distribuição à população. Duas residências foram analisadas pelo LAPAQ/Cesnors em fevereiro, constatando que há excesso de nitrogênio total (nitrato, nitrito e amônia), que vem da nascente e não é eliminado. Por consequência as substâncias acabam por ser consumidas pela população ao beber a água. Apesar de não estar confirmado oficialmente, pesquisas apontam que o nitrogênio misturado à água, pode ser nocivo a vida humana e causar câncer gástrico.
Em casa
Em média, chega a Corsan de Frederico Westphalen 110 litros de água por segundo, isso representa 7 mil litros cúbicos de água tratada diariamente, que fica contida nos tanques - podendo armazenar até 1 milhão e 800 mil metros cúbicos em quatro cisternas, que abastecem as residências de toda a cidade através de um sistema gravitacional.
Apesar do processo de tratamento não eliminar os problemas provenientes da má conservação da nascente do Pardo, devido ao deposito ilegal de lixo, desmatamento e outros, todas as outras impurezas são eliminadas pela Corsan, através do processo de tratamento que inicia com a aplicação de sulfato de alumínio para a separação dos dejetos, emprego de cloro e por fim, flúor.
Desperdício. Poucos meses atrás, a região enfrentou uma forte estiagem. Houve racionamento na zona urbana e animais morreram no interior devido à falta de chuva. As residências mais antigas acabam por agravar o problema, já que em algumas, há má conservação da tubulação, acarretando em vazamentos.
Esgoto doméstico
A água usada nas atividades domésticas se transforma no resíduo líquido conhecido como esgoto, que pode causar sérios problemas tanto ao meio ambiente como à saúde das pessoas. O esgoto doméstico pode ser tratado com relativa facilidade antes de ser lançado no ambiente. Infelizmente, tratamento de esgoto é uma baixa prioridade para o Poder Público e para a população em geral. Em Frederico Westphalen, há apenas três sistemas de tratamento técnico subterrâneo de esgoto.
Quando se fala no problema deve-se pensar em dois tipos de impacto: o sanitário e o ambiental. O impacto sanitário envolve os problemas de saúde pública causados pelo esgoto, que propaga doenças quando não é coletado e tratado corretamente. As estatísticas mostram que a qualidade de vida da população está ligada diretamente a boas condições sanitárias. Por muito tempo, as ações públicas e individuais em relação ao esgoto deram prioridade somente ao aspecto sanitário, construindo galerias, mas sem tratamento. A questão ambiental só começou a ser considerada recentemente. Porém, não faz sentido resolver apenas os problemas do esgoto que ameaçam a saúde da população. A saúde do ambiente também deve ser preservada, afinal, se o ambiente se degradar, a qualidade de vida da população cai também.
Vergonha. O fim da linha para o esgoto, tratado ou não, é o ambiente, córrego ou rio ou, então, até mesmo no solo. Quando é lançado no solo, o esgoto vai atingir os lençóis subterrâneos prejudicando as nascentes.
Bairro Ipiranga
No bairro Ipiranga, nas proximidades do ginásio Ivanildo Gasoni há vazamento de esgoto doméstico na rua. Uma valeta foi aberta no local, agravando ainda mais o problema.
Poucos metros, do outro lado da rua, um morador afirmou que nos dias de chuva um bueiro (boca-de-lobo) trasborda, misturando-se a água e espelhando os dejetos por toda a rua.
Pedreira
No bairro Jardim Primavera, principalmente na Pedreira, praticamente todo o esgoto provindo do município é despejado em meio a casas. Crianças brincam nas proximidades, sem saber dos malefícios que o local pode trazer.
O cheiro no local é muito forte e a chuva agrava a situação dos moradores. “Não da para aguentar o cheiro, moramos praticamente três metros do esgoto, atrás fica o quarto, o cheiro é bem pior. Quando chove parece que vai encher. Tudo vem pra cá. A minha filha já pegou doenças por andar por ali”, diz Luciana Somavila Lopes, mãe de três crianças.
Viaduto
Os habitantes das proximidades do viaduto sofrem dos mesmos problemas. Uma moradora que preferiu não se identificar, comentou que além do cheiro forte, principalmente nos dias de chuva, há muitos mosquitos no local. Ainda tem de ficar de olho na filha mais nova, para que ela não vá até o córrego.
Outra reclamação da moradora diz respeito ao barulho constante da água do esgoto, que corre atrás da casa. O barulho favorece os ladrões. Ela diz que o marido teve que instalar uma luz no porão para evitar que se escondam.
A natureza
Onde vai parar a água que nasce no lajeado Pardo? As três estações de tratamento técnico de esgoto doméstico de Frederico Westphalen se localizam no bairro Fátima, Núcleo Cinco e São Francisco de Paula. Há cerca de seis meses, a Corsan é responsável pelo tratamento de esgoto através de um sistema subterrâneo. “O tratamento é importante para a preservação da qualidade de recursos hídricos naturais, ainda é indispensável para a saúde humana”, coloca Alcides Felipe Canola, licenciador ambiental de Frederico Westphalen.
A reportagem do JF foi até o encontro de dois afluentes provindos de nascentes dos bairros Ipiranga e Santo Inácio que formam o rio Chiquinha, seguindo o viaduto em direção a linha Ponte Preta. Ficou provado que o destino de grande parte da água que nasce no lajeado Pardo, acaba retornando a natureza em forma de esgoto, ajudando a agravar ainda mais os problemas ambientais. Parte desta água poluída retorna aos lençóis subterrâneos, que devido à falta de um filtro natural adequado, por consequência da degradação da matas ciliares, acaba por ficar poluído. O planeta pede socorro.

No viaduto, o esgoto sai das galerias e caí atrás das casas. Além do forte cheiro e das moscas que são atraídas por ele, a moradora que segura a filha nos braços diz que o barulho constante da água favorece os delinqüentes que por lá passam após cometerem delitos. A solução seria alongar a tubulação para que o despejo do esgoto aconteça onde não há residências. Cerca de 100 metros abaixo

Nas proximidades do ginásio Ivanildo Gasoni, o bueiro não suporta a quantidade de esgoto da região. Nos dias de chuva, acaba por transbordar pela rua, causando transtorno aos moradores

Na Pedreira a situação é preocupante, tanto quanto a do viaduto. O esgoto cai entre as casas e uma criança já adoeceu devido ao problema

A cerca de 1000 metros abaixo da ponte do viaduto, acontece o encontro de afluentes da cidade de Frederico Westphalen. A junção forma o rio Chiquinha que segue o seu destino poluído pelo despejo de esgoto doméstico. Este é o destino da água que já nasce poluída no lajeado Pardo

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Opinião em Dose Dupla - Ander - 19/09/09

Gostei de ver
O discurso relâmpago do prefeito Panosso na Câmara, sexta-feira, com relação ao contrato de cooperação entre Corsan e Prefeitura me surpreendeu. Mostrou a fibra que um gestor tem que ter.

Disse que sabe o preço, que custa caro, mas se tiver que assumir o saneamento básico da cidade para sanar problemas de esgoto, por exemplo, assume.

Frederico tem inúmeros problemas de escoamento. Bom saber e ouvir que o prefeito está disposto a dar fim aos existentes, principalmente na periferia. Outro local que deve ser analisado é o bairro Ipiranga. Quando chove, dá para navegar nas ruas.

Troféu Catedral
Parabéns aos organizadores do prêmio Empresa e Empresário do Ano. ACI e administração municipal fizeram um grande evento. Destaca-se ainda a participação das empresas da nossa terra, que movimentam o nosso município e o engrandecem na região.

Daí tô loco
Estão comentando por aí que os jovens devem ir para o Parque Monsenhor Vitor Batistella. Penso que é bacana o parque ser transformado para que a população usufrua de mais um local para o lazer. Mas de dia.

Uma tentativa de levar jovens para lá, apenas para tirá-los da praça da URI é inaceitável e pode ter graves consequências. A festa acaba no primeiro veículo que atravessar a BR e for carregado por um caminhão até Iraí. Sem falar das drogas, assaltos e da pista. Teria racha toda a noite. Um perigo.

Volto a falar. Os jovens não vão sair da praça. Na enquete que citei na semana passada, a opção ‘Guarita e policiamento permanente no local’ está na frente com 41%. Também penso que a ordem por lá é a solução. Mas policiamento para vigilância, não para chutar canelas de estudantes.

Irradiação
Muito bacana. Formato original, por trás humor e seriedade equilibrando a opinião pública. O programa Irradiação que vai ao ar pela 95.9 nas sextas, entre 21h e 22h, já está sendo comentado pela cidade. Parabéns Graffitti e Japa.

Barro
Pelas barbas do profeta. Por pouco não atolei o carro na UFSM/Cesnors na semana passada. A entrada até o campus é um caos. Quando faz sol é poeira para todo o lado. Quando chove, barro de cabo a rabo. Providências devem ser tomadas o mais breve possível.

Água

Eu não queria acreditar, mas era verdade. A água que estamos bebendo tem excesso de nitrogênio. Apesar de não ser uma afirmação concreta, as pesquisas apontam que a substância na água pode ser nociva à vida humana, causando metahemoglobina e câncer gástrico.

Alerta. Nascente que abastece o município de FW está poluída


A nascente do lajeado Pardo, uma das mais importantes, responsável por boa parte da água consumida pelos frederiquenses corre sérios riscos. Foram constatados níveis de nitrogênio acima do permitido

Anderson Silva
O Centro de Educação Superior Norte – RS (Cesnors) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), instalada em Frederico Westphalen, por meio do departamento de pesquisas de Engenharia Florestal e Agronomia constatou que uma das principais nascentes, a do lajeado Pardo, que abastece Frederico Westphalen, corre sérios riscos.
O desmatamento desordenado por conta da plantação agrícola, criação de gado de corte e leiteiro na bacia prejudica o manancial, que devido à falta de mata ao seu redor não conta mais com seu filtro natural, as árvores. Ainda a carência desta vegetação faz com que a água das chuvas adentrem ao córrego, carregando junto impurezas como adubos químicos e orgânicos, elevando os níveis de nitrogênio permitidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).Pesquisas realizadas apontam, ainda que não publicada, que a substância misturada à água pode ser nociva à vida humana, causando metahemoglobina e câncer gástrico. Não há um tratamento específico para amenizar estes níveis. O lajeado pede socorro.

Lastimável. A nascente pede socorro


Deposição clandestina de lixo, escoamento de fertilizantes químicos e orgânicos, desmatamento para cultivo agrícola e criação de animais são alguns dos fatores que estão encurtando a vida do lajeado

Lamentável! Assim é a situação da nascente do lajeado Pardo, localizado no distrito de Osvaldo Cruz, responsável por grande parte do abastecimento de água no município de Frederico Westphalen. A falta de vegetação nos arredores da nascente, devido ao desmatamento desordenado da mata ciliar, faz com que boa parte da água proveniente das chuvas escoe para dentro do lajeado, levando consigo impurezas provenientes dos cultivos agrícolas dos arredores.
No local é constatada em média, uma precipitação de 2.100 mm por ano. Em análises realizadas pelo Centro de Educação Superior Norte – RS (Cesnors) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), por meio do departamento de pesquisas de Engenharia Florestal e Agronomia, no mês de abril foi observada uma absorção de precipitação em torno de 22 mm por hora, sendo que o solo deveria absorver em média 120 mm. Consequentemente, houve escorrimento superficial das águas da bacia.
Em junho, foi realizada a primeira observação in loco no leito do lajeado do Pardo. “Observou-se a presença de contaminantes, além de pontos de deposição clandestina de lixo”, informou Angela Maria Mendonça, acadêmica de Engenharia Florestal da UFSM que realiza o projeto pela FIPE, orientada pelo Dr. Genesio Mario da Rosa, coordenador, Dr. Arci Dirceu Wastowski, Dr. Renato Beppler Spohr e Dra. Eliane Pereira dos Santos. Juntamente com cinco colegas e os professores, a estudante ainda participa do projeto de lisímitros – caixas de 1metro quadrado, colocadas ao solo para a simulação de plantações nos entornos das nascentes. Os estudos permitirão, no futuro, quais as quantidades de insumos que os agricultores poderão pôr nas lavouras sem prejuízos a nascente.

A nascente
O entorno da nascente está totalmente desmatado, pois nesta área o uso intenso do solo para atividades agrícolas, com culturas de inverno (trigo e aveia) e de verão (milho, soja e fumo) fez com que a mata praticamente desaparecesse.
Devido a localizar-se em um talvegue e próximo ao divisor de águas, fisicamente delimitado pela BR 386, as águas do escorrimento superficial oriundas das precipitações sobre a área convergem para dentro do leito da nascente e do leito do lajeado, originando, o carreamento de solo por escorrimento superficial, causando erosão e consequentemente carregando os elementos químicos nele contido, como os resíduos de produtos químicos utilizados nas lavouras.
O descaso e a falta de conscientização provocam a deposição de restos de construção e entulho ao longo do leito do lajeado. Ainda, existem residências localizadas as margens do lajeado, não respeitando os limites legais para a construção de habitações em área de preservação permanente.
Pode-se perceber que nos locais onde ainda existe mata ciliar, essa está totalmente degrada, restando apenas árvores de pequeno porte e arbustos, sendo visível o assoreamento do leito do lajeado. “Esse aspecto influi diretamente na redução da infiltração da água no solo e consequentemente aumento no escorrimento superficial, propiciando o aporte de grande quantidade de água de precipitação pluvial em direção ao lajeado, em curto espaço de tempo, resultando no avanço da água para além das margens, agravando a degradação do leito natural do lajeado e seu consequente assoreamento”, comenta Angela.

Na Corsan
A água proveniente do lajeado Pardo percorre cerca de cinco quilômetros por tubulações até a central de tratamento, localizada na avenida São Paulo no bairro Itapagé. Aproximadamente, chegam até a Corsan 110 litros de água por segundo que recebem a primeira dosagem de cloro e sulfato de alumínio, este que é responsável por fazer a separação da sujeira.
Logo após, segue para o flocurador, onde permanecem por uma hora. É nesse momento que os flocos de impurezas começam a se dissolver da água devido a aplicação do sulfato de alumínio. Depois deste processo, a água passa para o decantador. São dois tanques de 800 metros com cinco metros de profundidade, chegando então aos filtros. “Os filtros são o pulmão da estação, pois é aqui que todas as impurezas são eliminadas”, comenta Vanderlei Cadore (Candinho), que é funcionário da Corsan há 17 anos. Segundo informa Candinho, a limpeza dos filtros é feita diariamente.
A Companhia Riograndense de Saneamento (Consan) conta com laboratórios internos na estação, onde são feitas análises de hora em hora da água e ainda, periodicamente amostras são enviadas até o laboratório central em Porto Alegre.
Após sair dos filtros de tratamento, a água recebe a última dosagem de cloro e ainda uma de flúor. Somente depois disso ela vai para os reservatórios. A Corsan tem capacidade de armazenar 1 milhão e 800 mil litros de água, dividida em quatro cisternas, uma podendo conter 1 milhão de litros. Diariamente, a central de tratamento de Frederico Westphalen recebe sete mil metros cúbicos de água.
Nitrogênio
Os estudos realizados pela universidade ainda não estão prontos. Contudo, em fevereiro foram colhidas amostras de duas residências de Frederico Westphalen, nos bairros Fátima e São Francisco de Paula. A análise foi feita no Laboratório de Pesquisas e Análises Químicas -LAPAQ – Cesnors. “A partir das nossas análises preliminares, há suspeitas que a água consumida pela população frederiquense contenha nitrogênio total (nitrato, nitrito, amônia), sendo que é de quantidade um pouco superior ao permitido pelo Conama”, explica Ângela.
“Iniciamos as análises a cerca de um ano e meio, coletamos in loco a água do lajeado do Pardo desde a sua nascente até o seu encontro com o lajeado Tunas. A cada 500 metros é coletada a água e levada até o nosso laboratório na universidade”, finaliza Ângela.

Nota
Mas, e agora, para onde esta água vai? Na próxima edição do Jornal Frederiquense publicaremos a sequência desta especial. Vamos descobrir qual é o fim da água que nasce no lajeado Pardo.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Noite de terror em Frederico Westphalen


Aproximadamente cem casas ficaram danificadas no vendaval da madrugada de terça-feira, no município. Núcleo Habitacional 5 foi o mais atingido

Anderson Silva
Terror e desespero. Centenas de moradores tiveram uma madrugada que parecia não ter fim. A manhã de terça-feira ficou marcada pelo trabalho voluntário e união de todos na tentativa de sanar, ao menos em parte, os problemas causados pelo temporal.
Cerca de cem casas ficaram parcialmente destelhadas pelo temporal. O bairro São Francisco de Paula foi o mais atingido. Dezenas de casas ficaram destelhadas. Fios da rede de energia elétrica arrebentaram e foram parar na rua e em cima de casas, devido a postes que caíram por não aguentarem a força do vento. Inúmeras famílias ficaram sem energia elétrica. Equipes da Procel, enviadas pela RGE, removeram postes de madeira que foram parar no chão e os substituíram por postes de concreto.
A Escola Municipal Irmã Odila Lehnen ficou com a ala nova de estudantes, que seria inaugurada em breve, alagada. Mais de cem folhas de cimento amianto foram arremessadas da cobertura do prédio e se espalharam pelo pátio da escola. É provável que as crianças fiquem sem aula por três dias.

Opinião em dose dupla - Ander - 09/09/2009

Praça da URI
Algumas pessoas não gostaram da minha crítica sobre o campeonato de som em via pública que denunciei na semana passada, em relação à pracinha da URI. Mas quem não gostou?

Certamente são as mesmas que disputam o campeonato ou são as meninas e meninos que acham bacana e dançam freneticamente atrás dos porta-malas sem parar.

Fiquei sabendo que o veículo que fotografei e publiquei na coluna anterior não foi guinchado pela algazarra. Havia problemas de documentação.

Baile do Ridículo
Muito bom, mas muito bom mesmo. Iraí movimenta toda uma estrutura, não apenas nos bares, mas também no comércio e na rede hoteleira. A região também ganha com isso. Os bazares forram os bolsos na semana que antecede o baile.

Mas nem tudo é festa. É lamentável o odor de urina próximo ao clube e em volta da praça. A organização deveria colocar banheiros químicos por lá.

Banheiros
Aproveitando a não-existência de banheiros químicos no Baile do Ridículo, vou lembrar um assunto que já foi discutido no passado em Frederico. E a praça da URI terá ou não terá banheiros?

Tem vizinho que já andou dando estilingada nos mijões que circulam por lá. Se a moda pegar, muitos vão fazer as necessidades na grama da praça por medo de pedrada. A cidade vai feder.

Que saco!
Pois é, mais uma nota da pracinha. Tá rolando uma enquete na Luz e Alegria: “Barulho e mau comportamento dos jovens na praça da URI: como resolver este problema?”

Guarita e policiamento permanente no local?
Criação de espaço alternativo para os jovens?
Pais devem impor limites aos filhos?


Não quero e nem devo influenciar respostas. Apenas vamos lembrar que Frederico Westphalen já é uma cidade universitária. E não adianta a sociedade lutar contra isso. É fato.

Os gestores devem ter muito cuidado na hora de tomar qualquer decisão. Os jovens vêm e vão. Outros virão e também irão embora para deixar espaço para diferentes que no futuro aqui estarão. A opinião pública deve ser equilibrada.

Água
Fiquei sabendo que uma das nascentes que abastecem nossa cidade está poluída. Na próxima edição vamos publicar reportagem especial sobre o assunto. Eu não acredito que seja verdade. Veremos.

Uma madrugada para esquecer. E uma manhã para lembrar


Defesa civil, moradores atingidos e muitos voluntários se uniram na manhã de terça-feira para colocar lonas e consertar telhados nas cerca de cem casas atingidas pelo vendaval

Centenas de pessoas uniram forças em prol das famílias que tiveram as casas danificadas pelo vendaval da noite de segunda-feira e madrugada de terça em Frederico Westphalen.
Postes caídos, falta de energia elétrica e fios de alta tensão nas ruas e em cima de casas. Residências com telhados parcialmente destruídos, antenas parabólicas arremessadas e árvores arrancadas foram os resultados da chuva acompanhada do vento superior a 80 quilômetros por hora.
Segundo a assistente social Carla Veronese Zandoná, o Centro de Referência em Assistência Social (Cras) trabalha desde a noite de segunda-feira, quando foram feitas as primeiras chamadas pelos moradores. O primeiro procedimento foi o de levar lonas para tentar amenizar a entrada de água. Algumas casas tiveram móveis e eletrodomésticos afetados.
Carla informou, ainda, que o procedimento foi diferente do último vendaval ocorrido em janeiro no município. As famílias foram atendidas nas residências por funcionários da Secretaria de Assistência Social, que fizeram os levantamentos, e pela Secretaria de Obras, que realizou os orçamentos para compra dos materiais necessários. Em janeiro deste ano, a chuva acompanhada de ventos de 80 quilômetros por hora deixou 45 casas destelhadas em vários pontos da cidade.
O tenente Franklin José Ambrósio, do Corpo de Bombeiros, relatou que até a tarde de ontem mais de 1.500 metros quadrados de lona preta tinham sido distribuídos. Toda a guarnição foi convocada para realizar os auxílios. “Estamos nos superando, todos foram convocados e trabalham sem parar para sanar as dificuldades”, informou o tenente. Ele ainda alerta para que tenham cuidado ao subirem nos telhados. Uma pessoa ficou ferida no bairro Barril enquanto tentava proteger a casa colocando uma lona em cima da casa.
A Secretaria de Obras do município espalhou-se pelos bairros Barril, Santo Antônio e São Cristóvão e pelo Distrito Industrial, com quatro equipes, para entregar lona e folhas de cimento amianto às famílias.

Odila Lehnen
A Escola Odila Lehnen foi afetada pela segunda vez este ano, e as aulas estão suspensas por três dias. A ala nova de estudantes, que seria inaugurada em breve, ficou totalmente alagada devido ao telhado que foi arrancado pela força do vento.

O local mais afetado
Bairro São Francisco de Paula. Por se localizar em um dos pontos de maior elevação da cidade, o bairro foi o mais atingido pelo vendaval. Foram computadas, no local, mais de 50 casas destelhadas, antenas parabólicas e placas publicitárias arrancadas e cinco postes caídos. Dois deles pararam ao lado das residências.

Presídio Estadual
O Presídio Estadual de Frederico Westphalen também ficou bastante danificado. O temporal causou estragos em toda a estrutura da casa de detenção. O telhado, as guaritas, cerca elétrica, rede de iluminação externa e sistema de alarmes também foram atingidos. A mantenedora do presídio, Susepe, tomará as providências necessárias.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Praça da URI


O local é bacana, todos se encontram para bater um papo e se divertir. No entanto, o final de semana na praça seria bem melhor se não fossem alguns sem noção de espaço.

A competição de som automotivo virou palhaçada nos últimos finais de semana por lá. Contudo, para certos perturbadores a brincadeira custou caro. Teve veículo guinchado no domingo.

Interessante é saber, como já afirmou o Jan, colunista do JF no “Conheça seus Direitos”, que estes perturbadores só rodam nos seus set list funk e bandinha. Nenhum roqueiro perturba a paz ou faz competição de som em via pública.

Trânsito x lixo


O trânsito da URI já é um caos entre segunda e sexta, e para ajudar, o caminhão da coleta seletiva de lixo faz o recolhimento no local, exatamente no horário da saída dos estudantes. A confusão está cada vez maior.

E o rock fica aonde?

Arnaldo Recchia está se despedindo da Luz e Alegria e é provável que vá para a Atlântida Chapecó, ao menos nos sábados. Não é apenas o fim do Vinil Rock Café, é o fim do rock n’ roll pela rádio. Os roqueiros deverão migrar ainda mais para o programa de Chapecó, já que por aqui os que amam o estilo estão cercados por “bandinhas”.

Volta às aulas Cesnors

Ontem, a UFSM/Cesnors voltou as suas atividades normais depois da paralisação por causa da onda de gripe A. O trecho entre Frederico até a entrada para o campus ficará mais intenso.

É importante que os motoristas fiquem atentos ao trânsito e ainda aos buracos na BR. Principalmente na saída da BR para a via que leva até a universidade. Por ali, há alguns solavancos no asfalto que podem ser perigosos.

Galpão Crioulo

Sou a favor de toda e qualquer manifestação cultural, principalmente a gaúcha. Além disso, sou adepto que se divulgue o nome do nosso município aos quatro cantos.

Porém, no próximo ano teremos por aqui a tão esperada Expofred. Penso que é bem mais viável para o município a vinda do Jornal do Almoço, haja vista que este tem uma audiência maior que a do Galpão Crioulo, que confesso, nunca assisto.

Diminui o número de pedinchões nas ruas


É cada vez mais raro encontrar menores pedindo esmolas nas ruas de Frederico Westphalen. Em fevereiro, foram constatadas 16 crianças mendigando na área da rodoviária entre 8h e 18h. Na última sexta-feira, apenas uma foi avistada pela reportagem do JF no mesmo local. Um dos fatores da diminuição poderia ser a volta às aulas. Contudo, foi analisado que nas férias o número já havia decaído

Tia, me dá um trocado aí? Foi o tema da reportagem especial do JF na edição de número 70, no dia 18 de fevereiro deste ano. O título foi proferido por um dos menores ao se dirigir a uma senhora na rodoviária. O periódico alertava que diariamente, crianças eram vistas nas ruas de Frederico Westphalen pedindo esmolas, catando lixo, ou seja, presas fáceis para criminalidade. Hoje, a realidade ao menos mudou um pouco no dia naquela região. Em observação feita durante toda a sexta-feira, 28, apenas um menor, engraxate, foi visto no local pedinchando.
Dar esmolas não é a melhor solução. As crianças necessitam de alternativas para se formarem cidadãs conscientes e honestas. O fato destas estarem nas ruas mendigando não as coloca como infratoras. A frequente utilização das ruas como meio de sobrevivência fácil, as coloca em zonas de risco muito maiores que simplesmente ganharem um não.
A grande maioria dos menores pedinchões tem como herança uma bagagem de separação familiar, pais alcoolizados ou drogados, e até mesmo prostituição – históricos que servem de trajeto até a marginalização. Segundo informações do delegado Alicildo dos Passos, não se pode generalizar, até porque a partir de sua visão os que pedem esmolas nas ruas não são os mesmos que cometem infrações como o furto. Contudo, o número de menores cometendo tais delitos é grande no município.
As alternativas podem vir através de programas de reeducação familiar e acompanhamentos dos menores por meio de assistência a crianças e adolescentes. O Conselho Tutelar de Frederico Westphalen conscientiza as famílias e depois encaminha para as redes de atendimento. “Conscientizamos as famílias, orientando as suas obrigações e encaminhamos às redes de atendimento e aos programas de auxílio à criança e adolescente”, comenta a conselheira tutelar, Ana Cristina Ferreira.
O dever de cuidar das crianças é única e exclusivamente das famílias, porém a sociedade pode de alguma forma ajudar, mesmo através de denúncias, a mantê-las longe das ruas. O Conselho Tutelar depende destas denúncias para ir até o local e tomar providências cabíveis e adequadas a cada caso. “Enfatizamos que as famílias têm o dever e a obrigação de cuidar de seus filhos”, diz a conselheira tutelar Ana Ues.
São cinco as conselheiras tutelares no município, que atendem junto ao prédio da Secretaria de Obras Públicas no horário de expediente das 8h às 11h 30min e das 13h às 17h, ainda pelo fone (55) 3744-1063. Há também um plantão vinte e quatro horas pelo celular (55) 9989-8969.

A responsabilidade é de todos
O ganho imediato parece ser melhor que um trabalho, não apenas para as crianças, mas também em todas as áreas. Não são apenas os menores que pedem esmolas. Nas proximidades do Banco do Brasil, encontram-se pessoas de mais idade pedindo. A caridade humana é bem mais proveitosa e menos trabalhosa. O ganho imediato, em muitos casos, pode estar relacionado à vontade de certas famílias, que obrigam seus filhos a saírem pelas ruas em busca de alguns trocados, que não se sabe ao certo, se vão para a alimentação ou a famosa cachaça dos pais.
É de responsabilidade de todos observar as crianças. E é sabido que a formação de um cidadão consciente deve ser alicerçada na infância. Também é de conhecimento de todos que o futuro pertence a estas. Estes e outros questionamentos saltam aos olhos da sociedade apenas no momento de desespero, como um assalto acompanhado de morte acontece. Quem é inocente? Há inocentes?

O papel do Conselho tutelar
O Conselho Tutelar é um órgão permanente e autônomo, não judicial. É encarregado de zelar pelas crianças e adolescentes que estejam em situação de risco pessoal e social, em razão dos direitos terem sido “ameaçados” ou violados por ação ou omissão da sociedade ou do Estado, ou abuso dos pais/responsáveis, em razão de sua conduta. Além da criança de até 12 anos de idade que praticou uma infração penal, crime ou contravenção.

Assistência às crianças
Quando entrevistadas em fevereiro, as conselheiras tutelares confirmaram que o município não conta com crianças desassistidas. O que é muito bom, já que se fosse diferente a gravidade seria maior. As conselheiras afirmaram agora que continuam cobrando muito as medidas sócio-educativas e que o encaminhamento é frequente aos programas. Porém, não se pode afirmar com certeza qual são as providências que fizeram com que houvesse uma queda dos menores nas ruas.
À noite, é sabido que não é função do Conselho Tutelar fazer a fiscalização, mas sempre que acionado ou se houver denúncia, ele se faz presente e encaminha aos pais, mediante termo de responsabilidade.

ECA
O Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), prevê o abrigamento em instituições com caráter provisório devendo os menores serem colocados em família substituta, com tutores, guardiões ou pais adotivos. Em Frederico Westphalen, já houve ocorrência de casos deste nível. Os casos que são do conhecimento do Conselho foram encaminhados ao serviço de assistência social e o conselho está acompanhando.
O Conselho Tutelar notifica os pais ou responsáveis, que é cargo deles educar e acompanhar seus filhos. Porém, não há conselheiros tutelares suficientes se a sociedade pensar que cabe unicamente a eles ou ao governo a garantia dos direitos da criança e do adolescente.
Dentro de nove verbos: Atender, aconselhar, aplicar, requisitar, encaminhar, representar, notificar, assessorar, providenciar e fiscalizar o Conselho se orienta, tomando as devidas providências dentro da lei sempre que houver casos de abuso de poder, maus tratos, negligência, abuso sexual, estupro e outras formas de descumprimento com a criança e adolescente. As conselheiras têm o dever de averiguar, ouvir as partes e resolver ou remeter para instâncias superiores.
Portanto, cobrar providências não é a solução. As conselheiras só podem atuar dentro do art. 136 do ECA. Intervir na família somente através de denúncia de que os direitos da criança e do adolescente estão sendo violados.


Postos de combustível e pontos de grande fluxo de pessoas, como é o caso da rodoviária, são os alvos principais dos menores

A realidade dos meninos de rua é nua e crua. Contudo, aos poucos este fato está mudando em Frederico Westphalen. Cenas como esta estão cada vez mais raras

Apenas um menor foi flagrado na tarde de sexta-feira, em um posto de combustível em Frederico Westphalen. O engraxate perambulava pra lá e pra cá. Perguntando: ‘vamos engraxar?’ Se a resposta era negativa, este pedia um pastel ou algumas moedas

‘Não há infância perdida, existem adultos relapsos’

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Carta aos nobres

Apenas aos nobres

Primeiramente, também agradeço a minha querida Natália. Sua pesquisa não foi útil apenas a minha pessoa, mas como notório - ao ler os e-mails -, foi de grande valia a todos aqui. Portanto, ficou claro que a dúvida que permeava a minha “infantil” mente, era de parte da turma, já que como futuros jornalistas temos o dever de saber e de nos indagarmos sobre as informações.

Quero também ressaltar, que os e-mails também são para isso. Quem não deu importância para o fato, não deveria ter respondido a nenhum destes. Não sou alienado e é claro que penso que há, sim, coisas muito mais proveitosas para serem discutidas em nossas caixas. Contudo, o Eduard deveria sim ser questionado, como foi. Pois, como todos, eu não sei tudo. A minha dúvida sobre quem era o “cara” era sim pertinente, já que – repito -, como jornalistas temos o dever de nos aproximarmos da verdade. Veja só: a única relação de Eduard com o “Opinião” foi uma tese. Nós poderíamos em um outro caso sendo mais direto, as provas, cairmos em uma cilada – não proposital do grupo no seminário, mas por engano -, e sermos presenteados com um “baita zero”.

Fora de foco
Caros, estão destoando. Eduard não tem nada a ver com a história do diploma. Aliás, quero dar os parabéns a todos os nobres, mas penas aos nobres, pois ser jornalista por formação é uma coisa, já ser jornalista de sangue – não preocupado com o salário ou concorrência, é outra.

Ouço e leio diariamente argumentações relacionadas a decisão do Supremo, mas as duas mais interessantes quero jogar no ar.

Argumentam que acabou a ética. Agora todos podem escrever o que querem. “Opa”, espera aí. Não há ética fora do círculo de jornalistas?
‘Canudo na mão é mais informação!’ Será que, na verdade, não pode se dizer que ronda nas mentes dos já formados e dos acadêmicos um medo da concorrência (salário) e das próprias incapacidades de serem um bom jornalista. Pois, não basta ter ética, tem que ser bom. Então, será que não se escondem por detrás destes bordões o seu íntimo?
O fato

Com relação ao fato isolado, quero dizer que por mais que tenha parecido, não fiz a pergunta ironicamente à menina. Ela entendeu de tal forma, mas isso é de direito e não posso fazer nada, pois é pessoalidade.

Como bons nobres que são, aventurem-se a escrever aqui ou em blogs, folhetins, jornais e outros. Mas saibam que ser nobre, não é pensar que se é. E também, quem pensa que é nobre, pode ser um nada. E por se auto-afirmarem como um, estão deixando de ser humildes. E não ter humildade é não ter ética.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Eu penso que sou uma estrela. Brilho, só se for dos outros


“Quem sabe faz, quem não sabe ensina, quem nem isso sabe fazer, vira crítico” a frase foi proferida por Ed Motta no programa Altas Horas. Ed fez uma relação com um bordão famoso de George Bernard Shaw.

Concordo, não apenas com Ed, mas também, com os guerreiros desarmados que se aventuram a escrever sobre música pelo simples fato de não serem surdos, porque, direito de opinião é para todos: jornalistas e aspirantes, radialistas e “faladores”, dentre outros.

Trabalhar diariamente com música é “bacana”, mas criar música é melhor ainda. Criar é ser, é sentir é viver. Ser, é totalidade. Sentir é mergulhar no mar da sabedoria. E viver, é apenas existir. Quem existe, existe para ficar na história, mas só se torna eterno, quem faz pelos seus méritos e não pelos dos outros.

Criticar é bom, gosto de criticar e melhor ainda, como todos, gosto muito mais de ler as críticas, por mais absurdas que sejam. Importante é que se saiba como e sobre o que se está falando. Quando o assunto é a música, não penso que a pessoa deve ser especialista, pois é só não ser surda para criticá-la; porém, quem lê a crítica deve saber, que quem a escreveu pode ser ignorante.

Jornalistas e outros aspirantes como eu, gostam de se aventurar nos mares e ares das críticas, até mesmo sobre assuntos que não dominamos. ‘Um jornalista tem o dever de saber tudo, sobre tudo’. Essa é a premissa para quem quer, diariamente, se atirar de um penhasco desenhado com lápis de cor e se salvar abrindo um paraquedas escrito a caneta.

Fato contrário
E a ética? Há ética? Vem cá, que ética? O que é ética? O dever de um jornalista é escrever. Em linhas, fazer com que a sociedade seja enriquecida de verdades responsáveis e honestas. Portanto, escrevam sobre música, mas isso implica escrever sobre “a música” e não sobre quem a faz, pois a pessoalidade do músico (que reflete em espelhinhos), não tem nada a ver com os reflexos de suas canções. Triste é saber, ver e sentir, que há jornalistas que taxam músicos de “estrelas”. Mais triste ainda, é saber que a responsabilidade de escrever para mudar a sociedade é dos jornalistas, mas há alguns que tomam “baile social” de músicos.

Fica claro, pois é público e notório, que o fato é contrário. Há jornalistas querendo ser estrelas.

domingo, 5 de julho de 2009

Paletó repartido ao meio. Cabelo preso com gravata


Todo parece ser, tudo pode ser, mas nada é como se vê. Luz, câmera, ação. Cinema? Isso mesmo. Atores, cenas marcadas e cronometradas, edições e maquiagens. Assim apresentam-se os discípulos de programas telejornalisticos massivos.Ivor Yorke no livro “Jornalismo diante das Câmeras”, diz que as notícias são fenômenos previsível, mais do que parece aos espectadores, grande parte deles, incluem notícias resultantes de boas informações sobre eventos antes que estes aconteçam.
Universo das informações descompassadas, comprometidas apenas em mostrar, relatar. Opinião? Apenas se estas forem ensaiadas pelos atores, depois de serem dirigidas pelos grandes mestres patotais da TV. Aí sim, opinião no ar, opinião segmentada, mais que isso, opinião implantada. Mas então, quem são estes jornalistas? Terno e gravata – traje a rigor. Cabelo padrão Globo – para combinar com a base e o rigor do traje. Vômitos despachados ao público, público feliz em ver e ouvir, pois náuseas já foram colocadas pela mídia, diversão, show, espetáculo. E você, palhaço.

Palhaço, porque assiste, engole, rumina e defeca em meio a outros públicos, que cheiram e sentem vontade de comer/assistir também.

Jornalistas informativos, não mais que isso. Yorke comenta ainda, que: “o repórter representa um elo na cadeia editorial, que começa com a idéia para uma história e termina com sua transmissão como parte de um programa”. São apenas bonecos ou melhor, fantoches comandados pelos “donos”.

Um tal de JG

Em meio às notícias, charge, piada, mancadas, política, economia, esporte e muitas, mas muitas informações descompassadas, provindas de agências de notícias internacionais, o JG apresenta seu show no final da noite da TV Globo.

O Jornal da Globo, apresentado por Christiane Pelajo e William Waack, que vai ao ar de segunda a sexta, por volta das 23 horas, apresenta no seu tubo de imagem, de forma resumida, inúmeras matérias provindas de agências internacionais. Pode-se dizer que o programa não apresenta matérias cotidianas* de produção independente, nem mesmo as nacionais. Estas são produzidas e repassadas à equipe do JG para serem, provavelmente, selecionadas e publicadas.

*Matérias cotidianas – relato de fatos diários dentro da abrangência do jornal ou veículo de comunicação.

Ponto forte
Três fortes vertentes da notícia são exploradas até a última gota pelos produtores do JG: economia, política e esporte.As editorias são fortemente trabalhadas. A de economia procura levar mostras das táticas governamentais e seus reflexos a sociedade. Tais reflexos são expressos através de gráficos estatísticos exemplificados por meio de didáticas comparativas, por exemplo, o cidadão médio que ganha mais que três salários mínimos e gasta em média um terço de seu orçamento com gastos domésticos, deve... Este tipo de exemplo, geralmente é apresentado ao público pelo economista Carlos Sardenberg, buscando aproximação com o telespectador.Já a editoria de política é fortemente trabalhada através do jornalista/correspondente no Palácio do Planalto, Heraldo Pereira, que direto dos saguões governamentais, relata os fatos mais importantes do dia-a-dia de senadores, deputados, ministros e do presidente. Heraldo escolhe o fato mais relevante do momento para dar o enfoque principal em sua pauta diária. Ele aproveita-se muito bem das discussões e realiza entrevista com políticos. Também, em um dos dias da semana busca oponentes, geralmente um a favor a certas medidas tomadas pelo governo e outro contra, para fazer o “Pinga Fogo”.A editoria de política é sempre ilustrada por uma charge de Chico Caruso e satirizada pelos comentários do cineasta e crítico Arnaldo Jabor, um dos três colunistas do JG. O trio é completado por Sardenberg (economia) e Nelson Motta - colunista de arte/cultura. Especula as tendências da moda e estilo de vida, entre pitacos, palpites e elogios às celebridades.A última, mas não menos importante atração noturna, é a de esporte. A editoria é comentada pelos narradores da TV Globo que estão disponíveis no momento. Os apresentadores fazem um espécie de entrevista, pré-estabelecida, com os convidados, a fim de discutirem qual time, tem mais possibilidades de ganhar, ou, caso contrário, por que perderam.

Meio ponto para fraco, meio ponto para quase bom
As agências de notícias internacionais como The Associated Press e ABN News, acabam sendo essenciais à programação do JG. Sem elas, o noticiário não teria condições de explanar, com cientificidade e autoridade, os fatos marcantes de todo o globo terrestre.Correspondentes da tevê Globo diretamente de Nova York ou Londres, apenas comentam o que está acontecendo no planeta, passando a idéia de que o centro do mundo está nestes países. Em resumo, as notícias do telejornal, relacionadas ao mundo, são produzidas a partir das imagens e especuladas pelo público através destas.