domingo, 5 de julho de 2009

Um tal de JG

Em meio às notícias, charge, piada, mancadas, política, economia, esporte e muitas, mas muitas informações descompassadas, provindas de agências de notícias internacionais, o JG apresenta seu show no final da noite da TV Globo.

O Jornal da Globo, apresentado por Christiane Pelajo e William Waack, que vai ao ar de segunda a sexta, por volta das 23 horas, apresenta no seu tubo de imagem, de forma resumida, inúmeras matérias provindas de agências internacionais. Pode-se dizer que o programa não apresenta matérias cotidianas* de produção independente, nem mesmo as nacionais. Estas são produzidas e repassadas à equipe do JG para serem, provavelmente, selecionadas e publicadas.

*Matérias cotidianas – relato de fatos diários dentro da abrangência do jornal ou veículo de comunicação.

Ponto forte
Três fortes vertentes da notícia são exploradas até a última gota pelos produtores do JG: economia, política e esporte.As editorias são fortemente trabalhadas. A de economia procura levar mostras das táticas governamentais e seus reflexos a sociedade. Tais reflexos são expressos através de gráficos estatísticos exemplificados por meio de didáticas comparativas, por exemplo, o cidadão médio que ganha mais que três salários mínimos e gasta em média um terço de seu orçamento com gastos domésticos, deve... Este tipo de exemplo, geralmente é apresentado ao público pelo economista Carlos Sardenberg, buscando aproximação com o telespectador.Já a editoria de política é fortemente trabalhada através do jornalista/correspondente no Palácio do Planalto, Heraldo Pereira, que direto dos saguões governamentais, relata os fatos mais importantes do dia-a-dia de senadores, deputados, ministros e do presidente. Heraldo escolhe o fato mais relevante do momento para dar o enfoque principal em sua pauta diária. Ele aproveita-se muito bem das discussões e realiza entrevista com políticos. Também, em um dos dias da semana busca oponentes, geralmente um a favor a certas medidas tomadas pelo governo e outro contra, para fazer o “Pinga Fogo”.A editoria de política é sempre ilustrada por uma charge de Chico Caruso e satirizada pelos comentários do cineasta e crítico Arnaldo Jabor, um dos três colunistas do JG. O trio é completado por Sardenberg (economia) e Nelson Motta - colunista de arte/cultura. Especula as tendências da moda e estilo de vida, entre pitacos, palpites e elogios às celebridades.A última, mas não menos importante atração noturna, é a de esporte. A editoria é comentada pelos narradores da TV Globo que estão disponíveis no momento. Os apresentadores fazem um espécie de entrevista, pré-estabelecida, com os convidados, a fim de discutirem qual time, tem mais possibilidades de ganhar, ou, caso contrário, por que perderam.

Meio ponto para fraco, meio ponto para quase bom
As agências de notícias internacionais como The Associated Press e ABN News, acabam sendo essenciais à programação do JG. Sem elas, o noticiário não teria condições de explanar, com cientificidade e autoridade, os fatos marcantes de todo o globo terrestre.Correspondentes da tevê Globo diretamente de Nova York ou Londres, apenas comentam o que está acontecendo no planeta, passando a idéia de que o centro do mundo está nestes países. Em resumo, as notícias do telejornal, relacionadas ao mundo, são produzidas a partir das imagens e especuladas pelo público através destas.

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